Jornal Estado de Minas

TEL AVIV

Netanyahu: Hamas deve ser 'esmagado' como o grupo Estado Islâmico

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta quinta-feira (12) acabar com o movimento islâmico palestino Hamas e pediu ao mundo que trate seus membros da mesma forma que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).



"Assim como o EI foi esmagado, o Hamas será esmagado. E o Hamas deve ser tratado exatamente da mesma forma que o EI foi tratado", declarou Netanyahu durante a visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken.

O ataque do Hamas contra Israel no último sábado desencadeou uma guerra que deixou, até o momento, milhares de mortos, sendo pelo menos 1.200 do lado israelense.

"Você pode ser forte o suficiente para se defender" sozinho, declarou Blinken durante sua reunião com o primeiro-ministro. "Mas, enquanto os Estados Unidos existirem (...) estaremos sempre ao seu lado", acrescentou.

O presidente americano, Joe Biden, prometeu apoio inabalável a Israel e não pediu que aja com moderação contra o Hamas.

Já Blinken ressaltou a necessidade de um eventual acordo de paz, uma ideia que encontra, há tempos, a resistência e oposição do direitista Netanyahu.

"Qualquer pessoa que queira paz e justiça deve condenar o reinado de terror do Hamas. Sabemos que o Hamas não representa o povo palestino, nem suas aspirações legítimas de viver em igualdade de condições de segurança, liberdade, oportunidades de justiça e dignidade", disse Blinken.

O secretário de Estado falou em um tom incomumente pessoal para recordar como seu avô fugiu dos pogroms antissemitas na Rússia e como seu pai sobreviveu aos campos de concentração nazistas.

"Estou diante de vocês não apenas como secretário de Estado dos Estados Unidos, mas também como judeu", afirmou.

"Também me apresento a vocês como marido e pai de crianças pequenas. É impossível, para mim, olhar as fotos de famílias assassinadas", acrescentou.

Blinken prometeu que o governo e o Congresso americanos trabalharão juntos para atender às solicitações militares de Israel, que contam com amplo apoio de todos os partidos.