O aeroporto de Al Arish, capital do Sinai do Norte, 50 quilômetros a oeste da passagem fronteiriça de Rafah com a Faixa de Gaza, "foi escolhido para receber ajuda humanitária internacional", informou o Ministério das Relações Exteriores do Egito nesta quinta.
Os pedidos de ajuda para a Faixa de Gaza se multiplicam enquanto o Exército israelense ataca o pequeno território palestino, onde 1.354 pessoas já morreram, segundo as autoridades do grupo islâmico Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, conversou ontem com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, sobre a passagem pelo Egito.
Israel declarou um "cerco total" à Faixa de Gaza, onde vivem 2,4 milhões de pessoas, metade delas crianças, em resposta à morte de 1.200 pessoas na ofensiva lançada pelo Hamas no sábado em território israelense.
No sexto dia de bombardeios, a única central elétrica de Gaza está paralisada, seus hospitais, saturados, e Israel fechou as outras duas passagens para mercadorias e pessoas.
A de Rafah está fechada no momento, após ter sido bombardeada três vezes em menos de 24 horas pelos israelenses.
O Egito se comprometeu a permitir a passagem de ajuda humanitária.
O ministro israelense da Energia, Israel Katz, declarou nesta quinta que seu país não autorizará a entrada de produtos de primeira necessidade, nem de ajuda humanitária, na Faixa de Gaza, até que o Hamas liberte as pessoas sequestradas no sábado. Segundo o Exército, são cerca de 150 reféns.