A Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, propôs estender o uso do glifosato no bloco até dezembro de 2033, embora a moção não tenha conseguido obter o apoio necessário para avançar.
Em uma sessão de votação a portas fechadas, a moção de renovação ficou aquém do mínimo de 15 países membros que representam pelo menos 65% da população do bloco.
Com este resultado, a moção será levada ao Comitê de Apelações, onde será submetida a voto na primeira quinzena de novembro.
Se a moção falhar novamente em novembro, a Comissão Europeia poderá decidir por si própria a eventual prorrogação de 10 anos e, nesse cenário, seria necessária uma maioria qualificada para bloqueá-la.
A proposta da Comissão de apoiar a prorrogação da autorização por uma década foi apoiada por um relatório elaborado por um regulador europeu, que estimou que o nível de risco não justificava a proibição da substância.
O glifosato, substância ativa de vários herbicidas, foi classificado em 2015 como "provável cancerígeno" pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.
No entanto, em julho deste ano, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos sustentou que não havia identificado quaisquer "áreas de preocupação crítica" nos seres humanos, nos animais e no meio ambiente que pudessem impedir a autorização do glifosato.
A entidade observou apenas "um elevado risco a longo prazo em mamíferos" para metade dos usos propostos, e reconheceu que a falta de dados impediu uma análise definitiva.
BRUXELAS