"Pedimos aos israelenses que tomem todas as precauções possíveis para evitar o dano aos civis", declarou Blinken em uma coletiva de imprensa em Doha, no Catar.
"Reconhecemos que muitas famílias palestinas de Gaza sofrem sem ter culpa alguma e que civis palestinos perderam a vida", acrescentou o chefe da diplomacia americana, afirmando, no entanto, que Israel tem o direito de se defender após os ataques "inadmissíveis" do Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
O diplomata americano ainda enalteceu o Catar, que mantém relações com o Hamas, por mostrar sua disposição em ajudar e libertar os reféns sequestrados por este grupo islamita durante a ofensiva lançada por terra, mar e ar contra Israel.
Nesta sexta-feira, as forças israelenses anunciaram ter feito incursões no enclave nas últimas 24 horas, com o objetivo de "limpar a área de terroristas e de armas" e "localizar pessoas desaparecidas".
Blinken chegou a Doha nesta sexta, após se reunir em Amã com o rei Abdullah II da Jordânia e com o presidente palestino, Mahmud Abbas.
Na véspera, ele se encontrou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv.
O secretário de Estado americano continuará sua viagem por Bahrein, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.
Segundo o Exército israelense, a ofensiva lançada pelo Hamas em 7 de outubro deixou pelo menos 1.300 mortos em Israel.
Desde então, as forças israelenses bombardeiam Gaza diariamente. Até o momento, cerca de 1.800 pessoas, incluindo 580 crianças, morreram nestes ataques, de acordo com autoridades do enclave.
DOHA