O Ministério Público de Nice informou em um breve comunicado que a investigação foi aberta também por "incitação ao ódio e à violência por conta de uma determinada religião".
Desde o sábado, muitas vozes reagiram para denunciar um vídeo publicado por Atal em sua conta no Instagram, no qual um orador faz comentários antissemitas e incentiva a violência.
A publicação foi excluída pelo jogador, que depois se desculpou, e a AFP não pôde verificar seu conteúdo de maneira independente.
No domingo, a Federação Francesa de Futebol (FFF) informou que seu conselho de ética vai investigar Atal.
"A incitação à violência é contrária à ética do nosso esporte e aos valores que o futebol defende incessantemente", disse o presidente da FFF, Philippe Diallo.
"Estou ciente de que minha publicação afetou várias pessoas, o que não era minha intenção e peço perdão", declarou o jogador em seu pedido de desculpas.
"Condeno com firmeza qualquer forma de violência, onde quer que seja no mundo, e apoio todas as vítimas. Jamais apoiaria uma mensagem de ódio. A paz é um ideal no qual acredito firmemente", acrescentou Atal.
Mas suas desculpas não diminuíram as críticas. Em um comunicado, o senador francês Stéphane Le Rudulier pediu ao Nice a exclusão do jogador e à ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, que sejam aplicadas "sanções exemplares e históricas".
Nesse contexto, Jean-Clair Todibo, companheiro de clube de Atal, terá que dar explicações à FFF depois de ter sido filmado sorrindo durante o minuto de silêncio respeitado em memória das vítimas do conflito antes do jogo entre França e Holanda, na última sexta-feira, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2024.
A França, que acolhe a maior comunidade judaica da Europa, deteve no dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, pelo menos 100 pessoas por atos antissemitas e apologia ao terrorismo, informou nesta segunda-feira o ministro do Interior, Gérald Darmanin.