"Reitero meu pedido às autoridades israelenses, que declararam que iriam fazer uma investigação, para que a façam de forma rápida, profunda e transparente", disse a editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, em um vídeo.
"Por transparente, entendo uma investigação com provas e explicações claras", acrescentou.
"Também pedi ao Líbano, que disse ter reunido provas sobre o ataque, e a qualquer outra autoridade que disponha de informações que as forneça", completou Galloni.
O ataque - no qual Issam Abdallah morreu, e outros seis jornalistas, incluindo dois da AFP, ficaram feridos - ocorreu no sul do Líbano, na fronteira com Israel.
Desde o início da guerra em solo israelense e na Faixa de Gaza, deflagrada em 7 de outubro após um ataque sem precedentes do Hamas, esta zona é palco de troca de disparos entre o Hezbollah libanês e o Exército israelense, assim como de tentativas de infiltração no território de Israel.
Issam Abdallah morreu, após ser "atingido por um obus, quando filmava a troca de disparos transfronteiriços entre Israel e o Líbano", relatou a editora-chefe da Reuters.
"Nossas testemunhas no local disseram que o obus que matou Issam procedia de Israel", acrescentou Galloni.
No sábado, a Agência France-Presse (AFP) pediu a Israel e Líbano "uma investigação profunda" sobre o ataque.
"É fundamental que sejam feitos todos os esforços possíveis para determinar como um grupo de jornalistas claramente identificados como tal e devidamente credenciados pode ter sido atacado", afirmou o diretor-geral da AFP, Fabrice Fries.
O Exército libanês acusou Israel de ser o responsável pelo disparo. O Exército israelense disse, por sua vez, "sentir muito" a morte de Issam Abdallah, sem reconhecer explicitamente sua responsabilidade, afirmando que estão fazendo "verificações".