"Vim para Israel com uma mensagem bem simples para dizer que vocês não estão sozinhos. Enquanto os Estados Unidos existirem, e nós existiremos para sempre, vocês não estarão sozinhos", afirmou Biden.
Reféns são prioridade. "Para todos que estão no limbo esperando para saber sobre o desaparecimento dos seus entes queridos, vocês não estão sozinhos, estamos fazendo tudo para trazer os reféns de volta, para mim não existe prioridade mais alta que a liberação segura dos reféns", declarou.
Biden também falou que o ataque perpetrado pelo Hamas no sábado (7) "aflorou" memórias de "centenas de anos de antissemitismo", mas ressaltou que "desta vez" o mundo "não vai se abster" de ficar ao lado do povo judeu. "Esse episódio trouxe memórias dolorosas, cicatrizes de centenas de anos de antissemitismo e do genocídio do povo judeu. O mundo assistiu e se absteve, nós não iremos nos isentar novamente, nem hoje, nem amanhã, nem nunca".
Sei que o ataque terrorista recente deixou cicatrizes profundas, mais de mil israelenses assassinados, centenas de pessoas mortas num festival de música, que era para ser de paz, foram baleados, inúmeros inocentes foram levados como reféns, bebês assassinados, famílias massacradas, estupros, decapitações, corpos incendiados vivos, o Hamas cometeu atrocidades causando um ferimento irreparável nessa nação, não existe desculpa para isso, a brutalidade testemunhada corta fundo em qualquer nação, principalmente em Israel.Por que ONU não intervém? Correspondentes da BBC respondem a perguntas sobre o conflito Israel-Hamas
O presidente dos EUA disse ainda que "a maioria absoluta dos palestinos não representam o Hamas" e que o grupo extremista tampouco representa o povo palestino. "O povo palestino quer paz. O povo palestino precisa de abrigo, assistência e água e os EUA são a favor da vida de todos os civis. Essa assistência humanitária pode começar a ser transportada do Egito para Gaza. Hamas demonstra que não tem nenhum tipo de consideração pelo povo palestino".
Por fim, Biden afirmou que "os terroristas não vencerão" e que o mundo deve "continuar buscando a paz" para que o povo palestino possa viver "em segurança". "A liberdade vencerá. O povo de Israel vive, o povo de Israel está seguro", completou.
BIDEN ISENTOU ISRAEL POR ATAQUE
Joe Biden disse nesta quarta-feira (18) ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que o ataque a um hospital em Gaza "parece que foi feito pela outra equipe". Ele foi a Tel Aviv para se encontrar com o premiê israelense.
Na noite desta terça-feira (17), o hospital Al-Ahly Arab foi bombardeado. O Hamas apontou Israel como responsável pelo ataque e chamou o ato de "genocídio". O país, por sua vez, acusou a Jihad Islâmica, que também negou envolvimento.
Estou profundamente triste e indignado com a explosão desta terça-feira no hospital em Gaza. E com base no que vi, parece que foi feito pela outra equipe, e não por você.
Presidente dos EUA, Joe Biden
Biden acrescentou que "há muitas pessoas que não têm certeza" da inocência de Israel. O hospital Al-Ahly Arab estava na lista de evacuações ordenadas por Israel -um ato criticado pela ONU.
A declaração de Biden mostra o alinhamento dos EUA com Israel. "À medida que Israel responde a estes ataques, temos que continuar a garantir que vocês têm o que é preciso para se defender. E vamos garantir que isso ocorra".
HAMAS ACUSA ISRAEL PELO ATAQUE
O Hamas e a Autoridade Palestina acusaram Israel de serem autores do ataque. O Hospital Al-Ahly Arab está no centro da cidade de Gaza e tinha, além de pacientes e profissionais de saúde, diversas pessoas deslocadas dentro de Gaza, que procuraram o local como um ponto seguro.
A maioria das vítimas é composta por mulheres e crianças, afirmou o Ministério da Saúde. O governo que administra a Faixa de Gaza atribuiu o ataque a Israel e chamou o ato de "crime de guerra", segundo nota obtida pela CNN Internacional.
O hospital era um dos 20 no norte da Faixa de Gaza que estavam recebendo ordens de evacuação dos militares israelenses. A ordem de evacuação foi impossível de ser cumprida devido à insegurança atual, à condição crítica de muitos pacientes e à falta de ambulâncias, equipe, capacidade de leitos do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados.
Trecho da nota da OMS
Atacar deliberadamente hospitais é considerado um crime de guerra, segundo o Estatuto de Roma. "Conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares", diz o Artigo 8 do Estatuto.