O Exército busca descobrir o paradeiro de 13 metralhadoras calibre .50 e oito metralhadoras calibre 7,62 desaparecidas desde o último dia 10 do arsenal da cidade de Barueri. Autoridades temem que as armas caiam nas mãos do crime organizado.
Trata-se do maior roubo de armas do Exército já registrado, segundo a ONG especializada Instituto Sou da Paz, que mantém registros sobre o desvio de armas de fogo nas forças de segurança.
As metralhadoras calibre .50 são de uso exclusivo militar no país. Medem mais de um metro de comprimento, pesam até 58 kg e são capazes de derrubar aeronaves.
Projetadas para combate, as armas calibre 7,62 pesam cerca de 4,5 kg e podem efetuar até 700 disparos por minuto.
O Exército, que abriu uma investigação interna, aquartelou inicialmente os 480 soldados que trabalham na base militar por uma semana, para colher depoimentos e avançar com a investigação.
O Comando Militar do Sudeste informou hoje que reduziu seu nível de alerta, "o que significa uma diminuição do efetivo da tropa aquartelada". Cerca de 160 soldados, no entanto, continuam com ordens de não abandonar a base, informou o Exército à AFP.
Os armamentos roubados estão inoperantes e haviam sido transferidos ao arsenal para reparo ou destruição, ressaltou o Exército. No entanto, o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, ressaltou no último sábado que o roubo poderia ter "consequências catastróficas" se as armas forem parar nas mãos de grupos criminosos.
SÃO PAULO