Quase 150 caminhões esperam em Rafah há vários dias, segundo várias testemunhas.
Os veículos transportam a ajuda que chega do Egito ou do mundo em aviões que pousam no aeroporto de Al Arish, capital da província egípcia do norte do Sinai, a quase 40 quilômetros de Rafah.
O governo do Cairo informou que "quatro funcionários ficaram feridos" nos bombardeios israelenses quando trabalhavam nas operações de reparo.
Os trabalhadores humanitários estão preocupados com os alimentos perecíveis que aguardam para entrar na Faixa de Gaza, cercada e totalmente isolada no 13º dia da guerra entre Israel e Hamas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para uma catástrofe humanitária no pequeno território em que vivem 2,4 milhões de palestinos.
Nesta quinta-feira, o ministério egípcio das Relações Exteriores anunciou a chegada ao país do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que pede há vários dias que a ajuda das Nações Unidas, armazenada nas fronteiras dos territórios palestinos ocupados, possa entrar em Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou ter conseguido que o presidente egípcio, Abdel Fatah Al Sisi, permita que até 20 caminhões passem por Rafah, a única passagem de fronteira para Gaza que não é controlada por Israel.
Israel exige que a ajuda seja distribuída apenas aos civis do sul da Faixa de Gaza, depois de exigir a evacuação da parte norte do território.
Mas é improvável que a ajuda entre em Gaza antes de sexta-feira devido aos reparos necessários na estrada após os bombardeios israelenses.