Adjani, de 68 anos, é acusada de ocultar uma doação de dois milhões de euros (R$ 10,6 milhões) e de fingir viver em Portugal durante dois anos, o que ela nega veementemente.
Seus advogados pediram um adiamento, alegando que ela estava nos Estados Unidos e sofria de "uma patologia aguda incompatível com a viagem de avião", mas que desejava comparecer ao tribunal.
Os juízes rejeitaram o pedido, observando que a convocação para o tribunal foi feita em junho e que a atriz havia reservado uma passagem de avião três dias antes para um voo que chegaria duas horas antes do julgamento.
"O nome de Isabelle Adjani importa pouco. Sua fama não foi uma razão suplementar, nem um obstáculo para o processo", disse o procurador francês. "Antes de ser uma personalidade pública, ela é uma cidadã com deveres", acrescentou.
Com cinco prêmios César do cinema francês de melhor atriz, ela é uma das estrelas mais queridas na França e marcou o cinema há trinta anos ao protagonizar "A Rainha Margot".
Adjani afirma que os dois milhões de euros não foram um presente, mas um empréstimo de um amigo, o influente empresário senegalês Mamadou Diagna Ndiaye, membro do Comitê Olímpico Internacional.
Segundo o PNF, a transferência em 2013 de dois milhões de euros feita por um empresário senegalês não era um empréstimo, mas um "presente disfarçado".
O contrato de empréstimo assinado entre eles, que não incluía juros nem garantias, era "fictício" para a acusação, o que facilitou para a atriz evitar 1,2 milhão de euros (R$ 6,4 milhões) em impostos.
O PNF pede que Adjani seja considerada culpada de lavagem de dinheiro por transferir 119 mil euros (R$ 635 mil) de uma empresa em Hong Kong para uma conta bancária nos Estados Unidos "não declarada", que foram depois transferidos para um conhecido em Portugal para a compra de um imóvel.