Prevista pela Casa Branca para ocorrer nesta sexta-feira (20/10), a entrada de cerca de 100 caminhões com mantimentos básicos em Gaza deve ocorrer apenas no sábado (21/10) ou no domingo (22/10). A informação é do subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
"Nós estamos em negociações profundas e avançadas com todas as partes relevantes para garantir que uma operação de ajuda em Gaza comece o mais rápido possível... a primeira entrega deve começar amanhã ou depois", disse Griffiths nesta sexta-feira.
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Sobe para 4.137 o número de palestinos mortos em Gaza desde o início da guerra (Hamas)'Maioria' dos reféns em Gaza 'está viva', diz Exército israelenseHamas afirma que bombardeio israelense deixou vários mortos em igreja de Gaza A entrada de ajuda humanitária foi permitida por Israel após a viagem de Joe Biden, presidente dos EUA, ao país. O governo estadunidense fechou um acordo com o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sissi, para fornecer suprimentos à Gaza por meio do território do Egito — Israel não permitiu que a ajuda viesse das terras israelenses.
"À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá assistência humanitária do Egito, desde que seja apenas comida, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza ou que esteja se deslocando para lá, e desde que esses suprimentos não alcancem o Hamas", afirmou, por meio de um comunicado à imprensa, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Ajuda será uma gota em um oceano
Gaza, que já vivia em condições precárias antes da guerra, foi submetida a um bloqueio total por parte de Israel e nenhuma ajuda humanitária foi permitida. Antes do conflito, 1,2 milhão de pessoas dependiam de ajuda alimentar da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). Apenas na Faixa de Gaza moravam 2,2 milhões de pessoas.
A agência informou à BBC que cerca de 500 caminhões entravam por dia em Gaza com ajuda humanitária, combustível e outros mantimentos. Para as agências humanitárias, a ajuda que vai entrar será muito abaixo do necessário.
Com informações da AFP