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Estado de Minas GUERRA EM GAZA

A idosa israelense que 'enrolou' o Hamas com chá e biscoitos

Rachel Edri foi mantida refém sob mira de arma em casa durante quase 20 horas por combatentes do Hamas, mas usou comida e conversa para distraí-los


20/10/2023 07:56 - atualizado 20/10/2023 10:12
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O presidente dos EUA, Joe Biden, abraça Rachel Edri, cercada por seu filho Evyatar Edri, durante uma reunião com socorristas israelenses, familiares e outros cidadãos diretamente impactados pelo ataque de 7 de outubro a Israel pelo Hamas, em Tel Aviv, Israel, 18 de outubro de 2023
O presidente dos EUA, Joe Biden, abraça Rachel Edri, que conseguiu escapar de emboscada do Hamas (foto: Reuters)

“Um dos terroristas me disse: você lembra a minha mãe”, diz Rachel Edri.

"Eu disse a ele: 'De fato eu sou como a sua mãe. Vou ajudar você. Vou cuidar de você. O que você precisa?'"

A resposta foi chá e biscoitos.

Assim, a avó aposentada de 65 anos serviu seus biscoitos típicos marroquinos para acalmar os cinco militantes do Hamas que invadiram a sua casa na cidade de Ofakim, perto de Gaza.

Ela ficou conversando com eles para ganhar tempo até que ela e o marido pudessem ser resgatados, disse ela à mídia israelense.

E essa conversa fiada fez uma grande diferença.

No dia 7 de outubro, combatentes do Hamas já haviam matado dezenas de pessoas em sua comunidade no sul de Israel quando ela e o marido foram feitos reféns.

Graças a sua paciência e hospitalidade, ambos sobreviveram, e Edri se tornou uma heroína nacional, um meme da internet, e até conheceu o presidente dos EUA, Joe Biden, durante a sua visita a Tel Aviv na quarta-feira (18/10).


Rachel Edri, de Ofakim, no sul de Israel, que foi mantida refém pelo grupo militante palestino Hamas, posa para um retrato com o presidente da Agência Judaica, Doron Almog (L), durante uma reunião com o presidente dos EUA, em Tel Aviv, em 18 de outubro de 2023 .
Rachel Edri (centro) em foto durante reunião com o presidente Biden (foto: Getty Images)

Canções em árabe e hebraico

Em uma entrevista na TV local, ela falou sobre sua surpreendente reação em meio a cinco militantes fortemente armados em sua sala de estar.

"Já eram quatro horas da tarde. Eu disse para mim mesma: 'Nossa... eles precisam almoçar. Estou com medo - pessoas com fome perdem o controle'", disse ela.

"Depois que beberam e comeram, eles ficaram muito mais calmos."

Mas chá e biscoitos não foram tudo o que Edri ofereceu aos militantes que a mantiveram junto ao marido sob a mira de armas por quase vinte horas.

Ela cantou canções em árabe para os combatentes e, segundo ela, eles responderam com canções em hebraico.

“Comecei a conversar e, a certa altura, esqueci por um momento que eles eram terroristas”, disse Edri ao site de notícias israelense Ynet.

Missão de resgate

Enquanto isso, uma equipe da polícia israelense se preparava do lado de fora da casa para o resgate.

Após cerca de 17 horas, eles entraram na casa e mataram os militantes a tiros.

O filho dos Edris - ele próprio um policial local - ajudou no resgate desenhando um esboço da casa, permitindo que as equipes de resgate pegassem os militantes de surpresa.

Como a casa ficou muito danificada, Edri e o marido foram levados para um hotel no centro de Israel.

A história começou a se espalhar para muito além das fronteiras de Israel, e quando o presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrou com sobreviventes dos ataques do Hamas em sua rápida visita a Israel na quarta-feira (18/10), Rachel Edri estava entre eles.

Ela sorriu ao abraçar o presidente dos EUA, e ele a agradeceu por "defender o país"... com chá, biscoitos e uma conversa tranquilizadora.


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