Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

EUA e UE mostram frente unida ante conflitos em Israel e Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e líderes da União Europeia (UE) mostraram, nesta sexta-feira (20), uma frente unida ao apoiarem o direito de Israel de se defender contra o Hamas e para manter a ajuda à Ucrânia frente à Rússia.



"Esses conflitos mostram que as democracias devem permanecer unidas", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que se reuniu com Biden na Casa Branca, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

A reunião de cúpula entre a UE e os Estados Unidos transcorreu em um contexto de crises mundiais. Os líderes quiseram apresentar uma frente unida, buscando reforçar o que chamaram de "associação estratégica".

"Nós nos mantivemos unidos para apoiar o povo corajoso da Ucrânia frente à agressão de Putin", disse Biden. "Agora, estamos juntos para apoiar Israel após o ataque terrorista desumano do Hamas".

"O mundo enfrenta hoje desafios enormes. Mais do que nunca, precisa de uma aliança forte entre a UE e os Estados Unidos para enfrentá-los", declarou Charles Michel.

A declaração conjunta divulgada após as deliberações afirma que as partes "estão preocupadas com a deterioração da crise humanitária em Gaza". "É crucial evitar uma escalada regional", como uma nova frente com o movimento libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, ressalta o texto.



Os líderes do bloco europeu também buscarão garantias do apoio contínuo dos Estados Unidos à Ucrânia, que luta para repelir a invasão lançada pelo presidente russo em fevereiro de 2022. Washington é, de longe, o maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia.

- Tensão comercial -

A última reunião de cúpula entre a UE e os Estados Unidos havia sido realizada em Bruxelas, em junho de 2021. Mas a geopolítica não é a única questão em jogo. A tensão comercial entre as principais economias do mundo continua.

Os países participantes esperavam resolver suas diferenças comerciais, incluindo a que envolve as importações de aço europeias, que foram alvo de tarifas impostas em 2018 pelo então presidente americano, Donald Trump. Embora tenham sido suspensas em 2021, sob o mandato de Biden, poderão ser retomadas caso não haja acordo até o fim do ano.

No entanto, era pouco provável que as conversas terminassem em um acordo hoje, e as negociações continuarão, informou uma fonte à AFP.