A eleição presidencial na Argentina foi para o segundo turno após 35 milhões de argentinos irem às urnas, neste domingo (22/10). Sergio Massa e Javier Milei foram os mais bem votados, com 36,37% e 30,15% dos votos, respectivamente. O pleito para decidir o futuro presidente do país, que vai suceder Alberto Fernández, será realizado em 19 de novembro.
O segundo turno ocorre quando nenhum dos candidatos atinge 45% dos votos válidos ou mais 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais do total de votos. A lei argentina prevê, ainda, que os presidenciáveis mais bem votados devem expressar por escrito a decisão de participar do segundo turno na Junta Eleitoral Nacional. Caso contrário, se um candidato não fizer tal procedimento, o outro é declarado eleito.
Segundo o Código Eleitoral da Argentina, é eleito o candidato que atingir mais "votos afirmativos validamente expressos” no segundo turno, ou seja, a maioria simples dos votos — a metade mais um. O sistema eleitoral da Argentina é baseado em cédulas com o voto impresso, em que os eleitores colocam um envelope lacrado com os registros do candidato escolhido na urna.
Os candidatos
Massa é o atual ministro da Economia e pertence ao partido governista “União pela Pátria” (centro-esquerda). A principal crítica que enfrenta é referente a situação econômica do país, que vive uma inflação de 140%. A carreira política dele começou em 1999, quando foi eleito deputado provincial de Buenos Aires. Sergio Massa teve apoio do atual presidente da Argentina, Alberto Fernandez, e da vice, Cristina Kirchner, para concorrer à presidência.
Javier Milei é um economista argentino, nascido em Buenos Aires, em 22 de outubro de 1970. Ficou famoso em programas de televisão de discussões políticas por discursos polêmicos. Foi economista-chefe de empresas e também já atuou como professor universitário de disciplinas sobre economia. Na política, foi eleito deputado em 2021. Ele é do partido de extrema direita "Liberdade Avança”. Milei tem como símbolo uma motosserra, que leva em suas aparições de campanha, em alusão aos cortes nos impostos que prometeu fazer no país.