O presidente da França, Emmanuel Macron, propôs nesta terça-feira (24) em Jerusalém uma coalizão internacional para lutar contra o movimento islamista Hamas, após uma nova noite de bombardeios israelenses na Faixa de Gaza que provocou pelo menos 140 mortes.
Israel, que bombardeia sem trégua o enclave palestino em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, intensificou os ataques como prelúdio para uma provável ofensiva terrestre.
Os ataques israelenses durante a noite mataram 140 pessoas, segundo o movimento islamista que controla a Faixa de Gaza.
O Hamas também anunciou 5.791 pessoas morreram no território desde o início da guerra, incluindo 2.360 crianças. O movimento também citou 16.297 feridos.
Em Jerusalém, Macron se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pediu a libertação de todos os reféns sob poder do Hamas.
O presidente francês também propôs que a coalizão internacional criada em 2014, sob liderança dos Estados Unidos, para combater o grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque "também possa lutar contra o Hamas".
Macron também fez um apelo ao Irã, que apoia o Hamas, e a seus aliados para que "não abram novas frentes" de batalha, ao mesmo tempo que pediu a retomada do "processo político com os palestinos".
Macron também deve visitar Ramallah, na Cisjordânia ocupada, onde será o primeiro líder ocidental desde o início da guerra a ter uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. E também há a possibilidade de um encontro com o rei Abdullah II da Jordânia, segundo a presidência francesa.
A Autoridade Palestina não tem nenhum poder na Faixa de Gaza desde que o Hamas tomou o controle no território em 2007.
- Duas reféns libertadas -
O Hamas libertou na segunda-feira duas reféns sequestradas em 7 de outubro em Israel: Yocheved Lifshitz, de 85 anos, e Nurit Kuper, de 79, duas mulheres israelenses.
Uma americana e sua filha foram libertadas na sexta-feira passada.
Lifschitz declarou nesta terça-feira à imprensa em Tel Aviv que viveu "um inferno" e foi "agredida" ao ser sequestrada no kibutz Nir Oz. "Os caras me bateram no caminho. Não quebraram minhas costelas, mas me machucaram e eu tive dificuldade para respirar".
"Eles nos trataram bem" no cativeiro, disse Lifshitz, que passou mais de duas semanas sequestrada na Faixa de Gaza. Ela contou que um médico visitava os reféns a cada dois ou três dias e entregava medicamentos.
Quase 220 reféns israelenses, estrangeiros ou dupla cidadania foram identificados por Israel. Eles foram levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza após o ataque cometido em pleno 'shabbat', o dia de descanso semanal dos judeus.
Centenas de combatentes do Hamas invadiram em 7 de outubro o território de Israel procedentes de Gaza, em um ataque sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948.
Mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.
"Queremos desmantelar completamente o Hamas: seus dirigentes, seu braço militar e seus mecanismos de funcionamento", afirmou o comandante do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, ao lado de vários homens armados, em um vídeo publicado na rede social X.
Israel impõe um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo na Faixa de Gaza desde que o Hamas, considerado um grupo terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel, tomou o poder em 2007.
"Vemos que o fogo (dos foguetes) a partir de Gaza está diminuindo, mas não devemos hesitar. É uma estratégia do inimigo para nos fazer dormir", disse o porta-voz do Exército israelense, general Daniel Hagari.
- "Trégua humanitária" -
A ajuda internacional começou a chegar a partir do Egito, através da passagem de fronteira de Rafah, o único ponto de acesso à Gaza que não está sob controle de Israel.
Quase 50 caminhões com produtos básicos entraram no território desde sábado, mas a ONU considera que seriam necessários ao menos 100 por dia.
Macron defendeu uma "trégua humanitária que possa levar a um cessar-fogo", segundo a presidência francesa. O governo dos Estados Unidos, no entanto, exige que o Hamas liberte os reféns antes de qualquer discussão sobre uma trégua.
Desde 15 de outubro, o Exército israelense pede aos civis do norte da Faixa de Gaza, onde os bombardeios são mais intensos, que fujam para o sul.
Ao menos 1,4 milhão de palestinos fugiram de suas residências desde o início da guerra, segundo a ONU.
Vários moradores de Khan Yunis, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, disseram a um correspondente da AFP na terça-feira que perderam parentes, incluindo crianças, no bombardeio durante a noite.
"Meu irmão era farmacêutico e tinha 10 filhos, todos foram queimados", disse Mahdi Mohammed al-Farra, 50 anos, que perdeu os dois irmãos e seus filhos.
Israel, que bombardeia sem trégua o enclave palestino em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, intensificou os ataques como prelúdio para uma provável ofensiva terrestre.
Os ataques israelenses durante a noite mataram 140 pessoas, segundo o movimento islamista que controla a Faixa de Gaza.
O Hamas também anunciou 5.791 pessoas morreram no território desde o início da guerra, incluindo 2.360 crianças. O movimento também citou 16.297 feridos.
Em Jerusalém, Macron se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pediu a libertação de todos os reféns sob poder do Hamas.
O presidente francês também propôs que a coalizão internacional criada em 2014, sob liderança dos Estados Unidos, para combater o grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque "também possa lutar contra o Hamas".
Macron também fez um apelo ao Irã, que apoia o Hamas, e a seus aliados para que "não abram novas frentes" de batalha, ao mesmo tempo que pediu a retomada do "processo político com os palestinos".
Macron também deve visitar Ramallah, na Cisjordânia ocupada, onde será o primeiro líder ocidental desde o início da guerra a ter uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. E também há a possibilidade de um encontro com o rei Abdullah II da Jordânia, segundo a presidência francesa.
A Autoridade Palestina não tem nenhum poder na Faixa de Gaza desde que o Hamas tomou o controle no território em 2007.
- Duas reféns libertadas -
O Hamas libertou na segunda-feira duas reféns sequestradas em 7 de outubro em Israel: Yocheved Lifshitz, de 85 anos, e Nurit Kuper, de 79, duas mulheres israelenses.
Uma americana e sua filha foram libertadas na sexta-feira passada.
Lifschitz declarou nesta terça-feira à imprensa em Tel Aviv que viveu "um inferno" e foi "agredida" ao ser sequestrada no kibutz Nir Oz. "Os caras me bateram no caminho. Não quebraram minhas costelas, mas me machucaram e eu tive dificuldade para respirar".
"Eles nos trataram bem" no cativeiro, disse Lifshitz, que passou mais de duas semanas sequestrada na Faixa de Gaza. Ela contou que um médico visitava os reféns a cada dois ou três dias e entregava medicamentos.
Quase 220 reféns israelenses, estrangeiros ou dupla cidadania foram identificados por Israel. Eles foram levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza após o ataque cometido em pleno 'shabbat', o dia de descanso semanal dos judeus.
Centenas de combatentes do Hamas invadiram em 7 de outubro o território de Israel procedentes de Gaza, em um ataque sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948.
Mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.
"Queremos desmantelar completamente o Hamas: seus dirigentes, seu braço militar e seus mecanismos de funcionamento", afirmou o comandante do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, ao lado de vários homens armados, em um vídeo publicado na rede social X.
Israel impõe um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo na Faixa de Gaza desde que o Hamas, considerado um grupo terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel, tomou o poder em 2007.
"Vemos que o fogo (dos foguetes) a partir de Gaza está diminuindo, mas não devemos hesitar. É uma estratégia do inimigo para nos fazer dormir", disse o porta-voz do Exército israelense, general Daniel Hagari.
- "Trégua humanitária" -
A ajuda internacional começou a chegar a partir do Egito, através da passagem de fronteira de Rafah, o único ponto de acesso à Gaza que não está sob controle de Israel.
Quase 50 caminhões com produtos básicos entraram no território desde sábado, mas a ONU considera que seriam necessários ao menos 100 por dia.
Macron defendeu uma "trégua humanitária que possa levar a um cessar-fogo", segundo a presidência francesa. O governo dos Estados Unidos, no entanto, exige que o Hamas liberte os reféns antes de qualquer discussão sobre uma trégua.
Desde 15 de outubro, o Exército israelense pede aos civis do norte da Faixa de Gaza, onde os bombardeios são mais intensos, que fujam para o sul.
Ao menos 1,4 milhão de palestinos fugiram de suas residências desde o início da guerra, segundo a ONU.
Vários moradores de Khan Yunis, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, disseram a um correspondente da AFP na terça-feira que perderam parentes, incluindo crianças, no bombardeio durante a noite.
"Meu irmão era farmacêutico e tinha 10 filhos, todos foram queimados", disse Mahdi Mohammed al-Farra, 50 anos, que perdeu os dois irmãos e seus filhos.