A origem e as circunstâncias do incidente não são claras: a gestão da mina Gold One, nos arredores de Joanesburgo, e o Sindicato Nacional dos Mineradores (NUM), um dos dois sindicatos envolvidos, afirmam que os mineradores estão "mantidos como reféns".
No entanto, a Associação dos Mineradores e da Construção (AMCU) negou que estivessem detidos e afirmou que participavam de um protesto.
"Cerca de 567 membros do NUM estão sendo mantidos como reféns por supostos membros da AMCU", disse à AFP o porta-voz do sindicato NUM, Livhuwani Mamburu.
Os mineradores deveriam ter retornado à superfície na manhã de segunda-feira, mas permaneceram na mina. Entre eles há quase 70 mulheres, disse Mamburu.
A disputa diz respeito à representação sindical nessa mina de ouro, na qual o NUM é atualmente o único grupo oficialmente registrado.
A AMCU afirma que a esmagadora maioria dos mineradores assinou a adesão ao seu sindicato, mas ainda não gozam de representação oficial, sendo esta, segundo a associação, a causa do protesto.
"Os trabalhadores não partirão até que tenham obtido os seus direitos de organização", declarou o secretário regional da AMCU, Tladi Mokwena.
A polícia está "de prontidão" e monitora a situação de perto enquanto as negociações continuam, disse a porta-voz Dimakatso Nevhuhulwi.
A administração da mina recusou-se a responder às perguntas da AFP.
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