"Até o momento, foram contabilizados 552 mamíferos aquáticos mortos em diferentes pontos do litoral", confirmou a Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, em nota enviada à AFP.
Somente a pequena cidade de Santa Vitória do Palmar registrou na última sexta-feira 164 animais mortos. Vários deles foram encontrados a poucos quilômetros da fronteira com o Uruguai, onde reportou-se recentemente a morte de centenas de lobos-marinhos e leões-marinhos, também atribuídas à gripe aviária.
"As notificações não alteram a condição sanitária do Estado e do país e não há risco para o consumo de carnes e ovos", ressalta a nota da Secretaria. "A partir de agora, não haverá mais coletas em animais das mesmas espécies onde já se tem a confirmação do vírus, apenas se uma nova espécie de animal apresentar sintomas de influenza".
A população local foi aconselhada a não se aproximar de mamíferos ou aves suspeitos, apesar de a transmissão para o homem não ser comum.
O Ministério da Agricultura e Pecuária reportou no começo do mês o primeiro foco da doença em mamíferos marinhos do país, na praia do Cassino, Rio Grande do Sul. O Brasil, no entanto, mantém o status de país "livre da influenza aviária, por não haver registro da doença na produção comercial", ressaltou o governo.
Países como Peru, Chile e Argentina também registraram mortes em sua fauna marinha devido ao vírus, que causa graves problemas musculares, neurológicos e respiratórios.
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