Os países membros do Conselho de Segurança da ONU rejeitaram, nesta quarta-feira (25/10), dois novos projetos de resolução, elaborados pela Rússia e pelos Estados Unidos, sobre a guerra entre Israel e o Hamas. As propostas não receberam a quantidade mínima de votos para serem aprovadas — que seriam 9 votos dos 15 membros do Conselho —, além de não serem vetadas pelos membros permanentes.
No total, quatro projetos de resolução sobre o conflito foram rechaçados nos últimos dez dias na ONU por objeções de grandes potências que são membros permanentes.
texto norte-americano recebeu 10 votos a favor e três contra. No entanto, dois integrantes permanentes do colegiado, China e Rússia, vetaram a preposição. Brasil e Moçambique se abstiveram. O texto defendia o "direito de defesa" de Israel e condenava "inequivocamente os odiosos ataques terroristas do Hamas e outros grupos", mas pedia "pausas humanitárias" para que a ajuda chegue à população de Gaza.
O embaixador russo na ONU, Vassili Nebenzia, tachou o projeto dos EUA de "altamente politizado" por descumprir "os padrões mais básicos de qualidade" e não conter "um chamado de cessar-fogo" dos bombardeios israelenses.
Já a minuta apresentada pela Rússia obteve votos favoráveis de quatro países, dois votaram contra e nove se absteve. Os votos negativos foram de membros permanentes: Estados Unidos e Reino Unido.
De acordo com a AFP, a nova proposta russa volta a pedir "o estabelecimento imediato de um cessar-fogo humanitário duradouro e plenamente respeitado" e condena "toda a violência e hostilidades contra civis". Ele também menciona especificamente o Hamas e "condena os abomináveis ataques" do movimento islâmico palestino em Israel, em 7 de outubro.
Na semana passada, uma resolução proposta pelo Brasil foi vetada pelos Estados Unidos. A preposição tinha alçado votos favoráveis de doze países, entre eles a França e a China. Dentre as propostas brasileiras estava a abertura de corredores humanitários na Faixa de Gaza e a revogação imediata da ordem de evacuação, feita por Israel, das áreas do norte da Faixa de Gaza.
A incursão do Hamas deixou mais de 1.400 mortos, a maioria deles civis, segundo as autoridades israelenses. Quase 220 reféns israelenses, estrangeiros ou com dupla nacionalidade, foram levados para Gaza. Quatro foram libertados. De acordo com o Hamas, dentro da Faixa de Gaza, mais de 6.500 pessoas, a maioria civis, foram mortas em bombardeios incessantes de retaliação.
*Com informações da AFP