"Este bloqueio informacional cria o risco de acobertar atrocidades maciças e contribuir para a impunidade de violações dos direitos humanos", disse Deborah Brown, pesquisadora da HRW sobre tecnologia e direitos humanos, em comunicado.
Por sua vez, a Anistia Internacional (AI) assegurou ter perdido contato com seu pessoal em Gaza.
"Este corte das comunicações significa que será ainda mais difícil obter informações e provas essenciais sobre as violações de direitos humanos e os crimes de guerra cometidos contra civis palestinos em Gaza e ouvir diretamente aqueles que sofreram as violações", apontou a AI.
O NetBlock, um serviço de monitoramento do acesso à internet, revelou um "colapso da conectividade na Faixa de Gaza".
Segundo a agência da ONU para assuntos humanitários, OCHA, várias entidades das Nações Unidas perderam contato com suas equipes em Gaza.
As operações humanitárias e os hospitais "não podem continuar sem comunicação", alertou Lynn Hastings, coordenadora da OCHA, em nota.
O Crescente Vermelho palestino também anunciou no X, o antigo Twitter, que "perdeu contato com seu centro operacional e todas as equipes na Faixa de Gaza, devido ao corte das comunicações sem fio, de telefonia celular e internet pelas autoridades israelenses".
"As perturbações afetam o número da central de emergências 101 e dificultam o atendimento das ambulâncias aos feridos" em meio aos ataques, acrescentou o Crescente Vermelho, que se mostrou "profundamente preocupado" com a capacidade de seus médicos continuarem oferecendo assistência e pela segurança de seu pessoal.
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