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Estado de Minas WASHINGTON

EUA pede a Israel para proteger civis palestinos e crescem apelos por ajuda


29/10/2023 20:44
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Os Estados Unidos disseram, neste domingo (29), que Israel deve proteger os moradores inocentes de Gaza, distinguindo-os dos militantes do grupo islamista Hamas, enquanto líderes mundiais intensificaram os apelos para que a ajuda humanitária chegue ao território palestino.

Israel intensificou suas operações militares por ar e terra contra o Hamas em Gaza, após o sangrento ataque sem precedentes do movimento islamista palestino em território israelense, em 7 de outubro, que deixou até o momento 1.400 mortos, sobretudo civis.

Desde então, segundo o ministério da Saúde do Hamas, que governa o território, mais de 8.000 palestinos morreram - metade deles, crianças - na represália do exército israelense, que bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza.

Em meio ao derramamento de sangue, o governo Biden alertou Isrel, neste domingo, que deve proteger as vidas dos civis.

Enquanto Israel, aliado dos Estados Unidos, "tem todo o direito e a responsabilidade de defender seus cidadãos do terrorismo", deve fazê-lo "de forma consistente com o direito internacional humanitário, que prioriza a proteção dos civis", disse Biden ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, em um telefonema, segundo a Casa Branca.

Mais cedo, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, deu declarações à CNN no mesmo sentido.

"O governo israelense deveria tomar todas as medidas possíveis à sua disposição para distinguir entre o Hamas, os terroristas que são alvos militares legítimos, e os civis, que não são", disse Sullivan.

Também neste domingo, Biden falou sobre a proteção de vidas de civis em conversa por telefone com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, na qual os dois líderes "se comprometeram a acelerar e aumentar significativamente a ajuda que chega a Gaza a partir de hoje e, em seguida, de forma contínua", segundo nota da Casa Branca.

- Apelos por ajuda humanitária -

Enquanto isso, líderes de todo o mundo intensificam os apelos por envio de ajuda humanitária a Gaza.

O premiê britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, "destacaram a importância de conseguir apoio humanitário urgente" para o território palestino, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a situação se torna "a cada hora mais desesperadora".

Em conversa por telefone, Sunak e Macron "concordaram em trabalhar conjuntamente nos esforços tanto para levar comida, combustível, água e medicamentos a quem precisar, quanto para tirar os estrangeiros", disse um porta-voz de Downing Street.

Pelas redes sociais, Macron reiterou o apelo por uma trégua humanitária.

"Dezessete toneladas de carga humanitária chegaram ao Egito a partir da França. Continuamos nossos esforços por ar e mar... Juntamente com o Egito e o Crescente Vermelho", disse o presidente.

Mais cedo, Guterres disse lamentar que "ao invés de uma pausa humanitária criticamente necessária, apoiada pela comunidade internacional, Israel tenha intensificado suas operações militares".

"O mundo está testemunhando uma catástrofe humanitária", acrescentou Guterres, em visita ao Nepal. "Insto todos aqueles com responsabilidade a se afastarem do abismo".

As Nações Unidas advertiram, neste domingo, que a "ordem civil" estava começando a colapsar em Gaza, depois que milhares de pessoas saquearam depósitos de alimentos, levando trigo, farinha e outras provisões.

- Libertar os reféns -

Os Estados Unidos também têm multiplicado os apelos para salvar as vidas de palestinos inocentes.

Em declarações à rede ABC, Sullivan também disse que o Hamas está fazendo "tudo o que está ao seu alcance para pôr as pessoas em risco, para usá-las como escudos humanos". No entanto, afirmou que "cabe a Israel tomar as medidas necessárias para distinguir entre [membros do] Hamas, que não representa o povo palestino, e os civis palestinos inocentes".

Em outras declarações, dadas ao programa "Face the Nation", da rede CBS, ele disse que funcionários americanos estão trabalhando para ajudar e garantir a libertação dos 230 reféns retidos em Gaza pelo Hamas, assim como para ajudar as centenas de palestinos americanos presos na região.

"Muitos deles ainda estão ali, esperando para sair, e estamos trabalhando ativamente para tentar que isto aconteça", disse Sullivan.

No entanto, advertiu que enquanto os vizinhos, Egito e Israel, estão prontos para deixar os americanos e outros estrangeiros saírem de Gaza, "o Hamas está evitando que saiam".


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