Jornal Estado de Minas

JERUSALÉM

Israel anuncia a morte de uma refém alemã capturada pelo Hamas

O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou, nesta segunda-feira (30), a morte de Shani Louk, uma jovem alemã-israelense de 23 anos capturada por milicianos do movimento islamista palestino Hamas em um festival de música durante o ataque de 7 de outubro.



"Estamos desolados com a confirmação da morte" de Shani Louk, uma alemã de nacionalidade israelense, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel na rede social X (antigo Twitter).

Shani sofreu "horrores insondáveis", disseram as autoridades israelenses. A jovem foi capturada quando milicianos do Hamas invadiram o festival de música Tribe of Nov, no sul de Israel, em 7 de outubro.

A mãe de Shani, Ricarda Louk, disse à rede alemã RTL nesta segunda-feira que foi informada da morte de sua filha.

Ricarda Louk nasceu na Alemanha e se mudou para Israel há três décadas.

O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, descreveu a notícia da morte como "terrível". "Como muitos outros, ela foi brutalmente assassinada", escreveu Scholz na rede social X.

"Isso mostra toda a selvageria por trás do ataque do Hamas, que deve ser responsabilizado. Isso é terrorismo e Israel tem o direito de se defender", acrescentou.

As autoridades israelenses relataram que 270 pessoas que compareceram ao festival de música morreram no ataque de milicianos do Hamas.



Pouco depois do ataque, começaram a circular online imagens de uma jovem quase nua, aparentemente inconsciente, na traseira de uma caminhonete, cercada por homens armados. A família de Shani indicou que a reconheceu por suas tatuagens e dreads.

O governo alemão confirmou nesta segunda-feira a morte de uma refém desta nacionalidade na Faixa de Gaza, sem especificar a sua identidade.

As autoridades alemãs relataram que vários alemães, um número inferior a dez, morreram no ataque do Hamas e que "um pequeno número", mais de dez, foi feito refém.

Este ataque do Hamas ao território israelense deixou quase 1.400 mortos, a maioria deles civis, segundo as autoridades de Israel. Os combatentes do movimento palestino fizeram mais de 230 reféns em seu ataque.

Os bombardeios de represália de Israel causaram mais de 8.300 mortes em Gaza, incluindo 3.457 crianças, segundo as autoridades de saúde deste território governado pelo Hamas desde 2007.