Os três estrangeiros "eram residentes, não estavam na qualidade de turistas no porto de Acapulco", declarou a governadora do estado de Guerrero, Evelyn Salgado, durante a coletiva de imprensa diária do presidente Andrés Manuel López Obrador.
A chancelaria mexicana informou ontem que 263 estrangeiros estavam no porto quando o Otis tocou a terra, na última quarta-feira (25), incluindo 34 americanos, 18 franceses e 17 cubanos.
A governadora revisou para baixo o número de vítimas. "Temos, até o momento - segundo o balanço preliminar da promotoria - a morte lamentável de 45 pessoas, e 47 pessoas que não foram localizadas", declarou. Esse balanço contradiz um comunicado divulgado pelo governo federal ontem, que relatava 48 mortos e seis desaparecidos.
A Marina realizou hoje operações de busca de desaparecidos no mar, observou um fotógrafo da AFP.
"A atualização é constante. Está sendo feita com a participação da Promotoria do estado (de Guerrero)", disse o presidente López Obrador, que denunciou "a manipulação" da maioria dos meios de comunicação mexicanos, os quais acusa de estarem às ordens de seus adversários políticos para desacreditá-lo. "Estavam como abutres buscando mortos", disse. "Vamos colocar Acapulco de pé."
Pouca assistência chegou hoje a Acapulco, relatou o fotógrafo da AFP. Cerca de 274 mil residências e 600 hotéis foram afetados, enquanto o fornecimento de energia foi 60% restabelecido, segundo o governo.
O furacão que chegou na madrugada de quarta-feira como de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson, deixou uma onda de destruição na cidade, de 780.000 habitantes, que vive do setor turístico e que ficou praticamente em ruínas.