O Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) informou em um comunicado nesta terça-feira (31) que as atividades do setor primário cresceram 5,3%; a indústria avançou 4,5% e o setor de serviços, 2,5%.
A economia mexicana registrou um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, um número ligeiramente superior ao que esperavam os analistas (0,8%).
Nesta comparação, foi registrado um avanço de 3,2% nas atividades do setor primário e de 1,4% na indústria, o que compensou o fraco crescimento de 0,6% no setor de serviços.
Fortemente ligada aos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, a economia do México sofreu um colapso de 8,7% em 2020, afetada pela pandemia de covid-19. Mas tem se recuperado desde então.
Os especialistas consultados mensalmente pelo Banco do México (central) estimam que a economia terá um crescimento total de 3,2% em 2023 e 1,9% em 2024.
Embora o aumento estimado do ano seja positivo, analistas acreditam que a economia perderá força devido ao menor crescimento dos Estados Unidos e à elevada taxa de referência de juros do banco central, de 11,25%, que tende a esfriar a economia para combater a inflação.
"A política monetária permanecerá restritiva, sendo o Banco do México o último grande banco central da região a iniciar um ciclo de taxas mais baixas. Além disso, o menor crescimento dos EUA pesará sobre o setor externo", afirmou a empresa britânica Capital Economics em um comunicado aos seus clientes.
A companhia acrescentou que a fraqueza econômica será amortecida por maiores gastos governamentais frente às eleições de 2024, nas quais o partido do presidente Andrés Manuel López Obrador aspira a reeleição e a manutenção da maioria no Congresso.