A cidade, no sudoeste da Islândia, foi evacuada desde a noite de sexta-feira até às primeiras horas de sábado, depois que o magma que se deslocava sob a crosta terrestre causou centenas de terremotos. Para especialistas, esse é um indício de erupção.
"Estamos realmente preocupados com todas essas casas e com a infraestrutura na área", disse o chefe da administração de Proteção Civil e Gestão de Emergências, Vidir Reynisson, à AFP.
A cidade está situada perto da usina geotérmica de Svartsengi, a principal fornecedora de eletricidade e água para os 30.000 habitantes da península de Reykjanes. Também fica próxima do balnerário geotérmico Blue Lagoon, popular destino turístico que fechou, temporariamente, no início desta semana, por precaução.
"O magma está agora a uma profundidade muito rasa, por isso esperamos uma erupção dentro de horas ou pelo menos alguns dias", acrescentou Reynisson.
O cenário mais provável é a fissura do solo perto de Grindavik.
"Temos uma fissura com cerca de 15 quilômetros de comprimento e podemos ver que uma erupção pode ocorrer em qualquer parte dessa fissura", acrescentou.
O serviço meteorológico da Islândia informou que ocorreram 500 terremotos na região entre 15h de sexta-feira e 3h de sábado, no horário de Brasília, 14 deles com magnitude superior a 4.
A Islândia declarou estado de emergência na sexta-feira, depois que uma série de fortes terremotos abalou o sudoeste da Península de Reykjanes. Por esse motivo, as autoridades decidiram evacuar Grindavik.
Três erupções ocorreram perto de Fagradalsfjall, na península de Reykjanes, em março de 2021, agosto de 2022 e julho de 2023. Todas ocorreram longe de qualquer infraestrutura, ou zona povoada.
A Islândia tem 33 sistemas vulcânicos ativos, o maior número da Europa.
Esta ilha do Atlântico Norte se sobrepõe à Dorsal Meso-Atlântica, uma fenda no fundo do oceano que separa as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte.