A nova adaptação, um filme musical, é a segunda versão para a telona do livro de Alice Walker, depois do filme de 1985 dirigido por Steven Spielberg, no qual a estrela da televisão americana fez sua estreia no cinema.
"A Cor Púrpura" evoca as provações, o sofrimento e, acima de tudo, as agressões sexuais que muitas mulheres negras sofreram no Sul dos Estados Unidos no início do século XX.
Esse livro "foi benéfico para mim desde a primeira vez que o li, porque não sabia que havia palavras para contar o que tinha acontecido comigo", disse Oprah Winfrey na quinta-feira, durante uma exibição em Los Angeles.
"Fui estuprada quando tinha 14 anos e tive um filho, que morreu depois, e não tive palavras para explicar", disse a apresentadora, hoje considerada uma das mulheres mais bem-sucedidas do mundo.
"A Cor Púrpura" conta a história de Celie, uma jovem negra da zona rural do estado da Geórgia, no sul dos Estados Unidos, que é estuprada pelo pai e obrigada a abandonar dois filhos.
Celie é então forçada a se casar com um marido abusivo, mas encontra força em suas interações com outras mulheres que enfrentam seus próprios traumas.
Oprah Winfrey contou como, ao saber na década de 1980 que Steven Spielberg iria dirigir a adaptação cinematográfica do livro, ela literalmente se ajoelhou e rezou "todas as noites pela oportunidade de estar no filme".
Seu papel como Sofia lhe rendeu uma indicação ao Oscar. O filme "mudou a minha vida", disse ela ao público em Los Angeles na quinta-feira.
A nova adaptação, produzida por Blitz Bazawule como musical, assume um tom mais leve que a primeira, sendo muitas vezes alegre e otimista.
Steven Spielberg e Oprah Winfrey estão entre os produtores do filme dos estúdios Warner Bros, que será lançado nos cinemas dos Estados Unidos no dia de Natal, e em 24 de janeiro na Europa.
LOS ANGELES