Preocupado há mais de um mês com o conflito entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas, mas também com o encontro entre o presidente Joe Biden e o seu homólogo chinês Xi Jinping, o secretário de Estado americano deve chegar inicialmente a Bruxelas para participar da reunião de chefes da diplomacia dos Estados-membros da Otan.
Depois, participará de uma reunião na Macedônia do Norte da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na quarta-feira, de acordo com James O'Brien, o principal diplomata dos EUA para a Europa.
"Esperamos que participe de uma discussão com os nossos colegas da OSCE sobre o apoio à Ucrânia" face à invasão lançada pela Rússia em fevereiro de 2022, disse James O'Brien aos jornalistas.
Segundo o diplomata, a agenda do secretário de Estado provavelmente sofrerá alterações. Ele também se recusou a comentar sobre a possibilidade de uma reunião na Macedônia do Norte com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.
Lavrov pediu para participar na reunião anual da OSCE, organização da qual a Rússia é membro.
Nesta segunda-feira, o ministro anunciou que a Macedônia do Norte o autorizou a participar da reunião e meios de comunicação oficiais russos informaram que a Bulgária também permitiu que seu avião sobrevoasse o espaço aéreo búlgaro.
No ano passado, a Polônia organizou a reunião da OSCE e não autorizou a presença do chefe da diplomacia russa, o que provocou fortes protestos de Moscou.
Contudo, o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Riabkov, descartou a possibilidade de uma reunião Lavrov-Blinken.
"Não, não pediram, não pedirão e não haverá reunião", declarou às agências oficiais russas.
Os Estados Unidos rejeitaram a maioria dos contatos de alto nível com a Rússia desde a invasão da Ucrânia, mas Blinken se reuniu com Lavrov em março às margens da cúpula do G20 na Índia.
Em Bruxelas, o secretário de Estado falará do apoio americano à Ucrânia nos próximos meses, em um momento em que Kiev está envolvida em uma contraofensiva e a atenção mundial está centrada no Oriente Médio.
O presidente americano, Joe Biden, vem tentando persuadir a oposição republicana para que aprove um pacote de ajuda de US$ 61 bilhões (R$ 298 bilhões) para a Ucrânia, junto com ajudas para Israel e Taiwan.
Segundo James O'Brien, o governo de Biden confia no apoio à Ucrânia no Congresso.