O Fórum Argentino contra o Antissemitismo (Faca) expressou em um comunicado "sua preocupação e rejeição" ante a indicação que considerou "uma afronta direta ao espírito democrático e plural", ao mesmo tempo em que pediu ao futuro presidente que reconsidere sua decisão.
"Consideramos essa escolha uma afronta direta ao espírito democrático e plural de nosso país. É inadmissível que uma pessoa com antecedentes vinculados ao Movimento Nacionalista Tacuara, com tendências próximas ao nazismo, seja nomeada para um cargo de tal relevância em nosso país", expressou a Faca.
Barra, de 75 anos, é um jurista de longa trajetória no Estado que integrou a Suprema Corte de Justiça, foi vice-ministro de Obras Públicas e ministro da Justiça do ex-presidente Carlos Menem (1889-1999).
No entanto, em 1996, a revelação de sua militância quando jovem na organização de extrema direita pró-nazismo Tacuara motivou a sua renúncia como ministro da Justiça e um pedido público de desculpas, após a divulgação de uma foto na qual ele era visto com outros jovens fazendo a saudação nazista.
"Se fui nazista, me arrependo", declarou Barra à época.
A Argentina conta com a maior comunidade judaica da América Latina, com cerca de 250.000 pessoas.
BUENOS AIRES