Antes disso, Mearns trabalhava na polícia antiterrorista escocesa, com quem esteve na África. Mas, em 2017, lançou sua empresa London Christmas Tree Rental. Aos 49 anos, reconhece que foi uma espécie de terapia para ele.
A ideia de alugar árvores de Natal nasceu durante um passeio pelo oeste de Londres, conta à AFP.
"Vi todas as árvores de Natal espalhadas pelas ruas. Achei que deveria ter uma maneira melhor de fazer as coisas", acrescenta.
"Oferecemos aos clientes a possibilidade de alugar uma árvore viva cultivada em vaso e recuperá-la ano após ano", explica.
Depois do Natal, a árvore é colocada novamente em um sistema de irrigação, em uma granja na região de Cotswolds, a oeste de Londres.
Quando os clientes desejam que a mesma árvore seja-lhes oferecida dentro de um ano, uma etiqueta é pendurada nela, e alguns até lhe dão um nome.
"Que alegria ver as crianças voltarem e encontrarem sua árvore, que, claro, cresceu um pouco!", afirma Mearns.
Alguns já repetem esse ritual há cinco anos. Uma árvore de 1,5 metro custa £ 60 (US$ 75, ou R$ 369,75) para alugar.
"Há cada vez mais gente interessada", comemora. O sucesso é tamanho que "as árvores acabam logo".
Amber, uma mulher de 25 anos, chegou tarde demais no ano passado. Todas as árvores já estavam alugadas no final de outubro. Este ano, ela não quis que acontecesse a mesma coisa e madrugou.
"Queríamos muito alugar uma árvore de Natal para não desperdiçá-la, nem jogá-la fora desnecessariamente", disse ela.
Outro cliente, Joe Potter, de 36 anos, queria "uma árvore de Natal de verdade, mas que durasse".
"Todos os anos se joga muito lixo fora, e isso é algo que preocupa nossa família", acrescenta.
"Não queríamos uma artificial, mas não queríamos uma que jogaríamos fora depois", reforça outra cliente, Athena Solaki, de 36 anos.
Alex Tutty, um advogado de 42 anos, está feliz por reencontrar sua árvore, batizada por ele de "Felicia" e que passou seu primeiro Natal com a família durante a pandemia. "Como cresceu!", elogia, antes de retirá-la.
LONDRES