No país, "455 menores foram assassinados apenas entre janeiro e setembro de 2023", destacou a Defensoria em comunicado. "A situação na província de Guayas é particularmente grave", onde a maioria dos casos é registrada, acrescentou o texto.
De acordo com o relatório semestral do Observatório Equatoriano de Crime Organizado, entre janeiro de 2019 e junho de 2022, os homicídios de jovens entre 15 e 19 anos aumentaram 500% no país, assolado pelo narcotráfico e por gangues criminosas.
O último caso foi o dos irmãos Jordana, Briana, Adiel e Aitana, que morreram quando homens armados dispararam contra a residência em Guasmo Sur, um bairro empobrecido de Guayaquil, capital da província de Guayas.
As crianças tinham entre 5 meses e 7 anos de idade. Sua mãe está hospitalizada em estado grave, segundo autoridades.
A polícia considera que o ataque era direcionado a outras pessoas que moravam na casa ao lado, onde os policiais encontraram explosivos.
"Esse incidente, reflexo de um aumento alarmante nos atos de pistolagem e violência, destaca uma emergência de segurança nacional", afirmou a Defensoria do Povo.
A instituição instou o governo a "gerenciar urgentemente os recursos necessários" para combater o crime organizado e o tráfico de drogas.
O Equador atingiu o recorde de 26 assassinatos por 100 mil habitantes em 2022. Esse número pode subir para 40 assassinatos por 100 mil pessoas este ano, segundo especialistas.
QUITO