Zelensky se comunicou por videoconferência e alertou seus homólogos que o presidente russo, Vladimir Putin, utilizará qualquer eventual fracasso da cúpula a seu favor.
"Não deem a ele sua primeira - e única - vitória deste ano", afirmou.
De acordo com Zelensky, os europeus "não verão nenhum benefício, se Moscou receber um aceno de Bruxelas, com negatividade em relação à Ucrânia. Putin certamente usará isso contra vocês, pessoalmente, e contra toda a Europa".
A cúpula europeia tem uma discussão difícil na agenda sobre a ampliação do bloco e, em especial, sobre a abertura de negociações formais de adesão para a Ucrânia, embora a Hungria tenha deixado clara sua oposição.
Em seu discurso aos líderes da UE, Zelensky afirmou que "é um dia para tomar uma decisão política em resposta ao que alcançamos. Trata-se de iniciar negociações de adesão com a Ucrânia. E, em março do próximo ano, aprovar o marco de negociação para seguir adiante. Sem burocracia".
A decisão da cúpula sobre as negociações de adesão da Ucrânia "também é vital para as pessoas nos países da UE que acreditam que a Europa pode evitar cair novamente nos tempos de intermináveis e infrutíferos divergências entre as capitais".
Ao chegar à sede da cúpula nesta quinta-feira, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse, categoricamente, que "não há razões para discutir nada" em relação à adesão da Ucrânia.
"Não há razões para discutir nada, porque as condições prévias (impostas à Ucrânia) não foram cumpridas (...) Não estamos em posição de começar a negociar", declarou.