Em uma mensagem divulgada pelo Vaticano por ocasião da 57ª Jornada Mundial da Paz, que acontecerá em 1º de janeiro por iniciativa da Igreja Católica, o papa argentino pede a adoção de "um tratado internacional vinculante que regule o desenvolvimento e o uso da IA em suas diversas formas".
Nesse sentido, Jorge Bergolgio, que no domingo completará 87 anos, convida à reflexão sobre o "sentido do limite" e afirma que o ser humano "corre o risco , na busca da liberdade absoluta, de cair na espiral da uma ditadura tecnológica".
A IA, que "será cada vez mais importante", pode ser usada para "campanhas de desinformação", "interferência nos processos eleitorais" e "influenciar as decisões dos indivíduos", escreve ele nesta mensagem de seis páginas publicada pelo Vaticano em vários idiomas.
O sumo pontífice celebra as "conquistas extraordinárias da ciência e da tecnologia", ao mesmo tempo em que avalia que elas "estão colocando nas mãos do homem um vasto leque de possibilidades, algumas das quais representam um risco para a sobrevivência humana e um perigo para a casa comum".
"Os notáveis progressos das novas tecnologias de informação apresentam, portanto, oportunidades animadoras e graves riscos, com sérias implicações para a busca da justiça e da harmonia entre os povos", insiste.