Uma pessoa têm duas vezes mais chances de precisar de cuidados hospitalares se estiver doente por causa da variante Delta do coronavírus em comparação com a variante Alfa.
Especialistas dizem que esse resultado, de um grande estudo publicado na revista The Lancet, reforça por que é importante que as pessoas sejam totalmente imunizadas.
A vacinação reduz o risco de infecções graves por qualquer uma das variantes, embora a Delta seja a principal ameaça atualmente em grande parte do mundo.
O estudo, liderado pela agência governamental Public Health England (PHE) e o Conselho de Pesquisa Médica, analisou 43.338 casos de covid-19 que ocorreram entre março e maio.
A maior parte dessas infecções foi em pessoas que ainda não haviam sido vacinadas.
A maioria não precisou ser internada, mas, para 2,3% das pessoas infectadas com a Delta e 2,2% das pessoas infectadas com a Alfa, isso foi necessário.
Mas as pessoas infectadas com a variante Delta eram mais jovens, em média.
Quando os pesquisadores ajustaram os dados conforme a idade dos pacientes e outros fatores que são conhecidos por afetar a gravidade da doença, eles concluíram que a infecção pela Delta tinha um risco de hospitalizado duas vezes maior.
Especialistas dizem que a imunização completa deve reduzir esse risco. Na maioria das vacinas, é necessário tomar as duas doses para se obter a proteção máxima.
Até o momento, só 28% dos brasileiros estão totalmente imunizados, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e 60% estão parcialmente imunizados.
"Já sabemos que a vacinação oferece excelente proteção contra a Delta, e é vital que aqueles que não receberam duas doses da vacina faça isso o mais rápido possível", disse o médico Gavin Dabrera, da PHE.
"Também é importante que, se você tiver sintomas de covid-19, fique em casa e faça um teste o mais rápido possível."
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