A Alemanha anunciou nesta quinta-feira (2/12) severas novas restrições para pessoas não vacinadas contra a covid-19.
A chanceler (premiê) Angela Merkel informou que os não vacinados serão proibidos de acessar diversos espaços públicos, incluindo o varejo não-essencial e eventos.
A exceção são pessoas que tenham se recuperado recentemente da covid-19.
"A cultura e o lazer em todo o país estarão abertas apenas àqueles que tomaram a vacina ou se recuperaram", diz Merkel.
"Entendemos que a situação é muito séria e queremos tomar medidas adicionais àquelas já em vigor", acrescentou a líder alemã.
Ainda segundo Merkel, a obrigatoriedade de vacinação pode ser imposta no país a partir de fevereiro de 2022, após debate no Parlamento alemão.
Conforme a chanceler, as medidas anunciadas nesta quinta são um "ato de solidariedade nacional", com o objetivo de baixar a taxa de infecções e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.
"O número de casos se estabilizou, mas em um nível excessivamente alto", disse Merkel.
Nesta quinta-feira, a Alemanha registrou 73 mil novos casos de covid-19 (quase sete vezes mais do que o número oficial do Brasil na última quarta-feira, de 11,4 mil casos) e 388 mortes.
Um pouco menos de 70% da população alemã está totalmente vacinada contra a covid — menos do que diversos outros países europeus, incluindo a França e o Reino Unido.
A Alemanha também está restringindo o número de pessoas que podem se reunir em ambientes internos e fechando casas noturnas em regiões com elevado número de casos.
Merkel anunciou as novas medidas ao lado de seu sucessor Olaf Scholz, que deve assumir formalmente como chanceler na próxima semana.
Scholz diz que a Alemanha está em uma "situação muito, muito difícil" e que incentivar as pessoas não vacinadas a receberem o imunizante é crucial para interromper a nova onda de infecções.
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