A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a variante ômicron não deve ser descrita como branda, já que ela está matando pessoas em todo o mundo.
Estudos recentes sugerem que a ômicron tem menos probabilidade de deixar as pessoas gravemente doentes do que as variantes anteriores de covid. Mas o número recorde de pessoas infectadas vem deixando os sistemas de saúde sobrecarregados, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Nesta semana, os EUA registraram mais de um milhão de casos de covid em 24 horas.
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A OMS disse que o número de casos globais aumentou em 71% na última semana - e, nas Américas, subiu 100%. A entidade afirma que, entre os casos graves em todo o mundo, 90% são em pessoas que não foram vacinadas.
"Embora a ômicron pareça ser menos grave em comparação com a delta, especialmente entre os vacinados, isso não significa que ela deva ser classificada como branda", disse Tedros em entrevista coletiva na quinta-feira (6/1).
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O número de casos segue alto, sobretudo na Europa. Na quinta-feira (6/1), o Reino Unido relatou 179.756 novos casos e 231 mortes relacionadas à covid. Vários hospitais declararam ter chegado a pontos críticos devido à ausência de funcionários e pressões crescentes.
Na França, o ministro da Saúde, Olivier Veran, alertou esta semana que janeiro seria difícil para os hospitais. Ele acrescentou que os pacientes com ômicron ocupavam leitos "convencionais" em hospitais, enquanto a delta colocava pressão nos departamentos de UTI. A França relatou na quinta-feira 261 mil novos casos.
O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, disse que o sistema de saúde do país está atualmente sob grande pressão. O país registrou mais de 9 mil casos na quinta-feira, segundo a imprensa local.
Em seus comentários mais recentes, o diretor da OMS repetiu seus apelos por uma melhor distribuição de vacinas para ajudar os países mais pobres a vacinarem suas populações.
Ele disse que, com base no quadro atual, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% do mundo esteja totalmente vacinado até julho.
No ano passado, o chefe da OMS havia dito que o mundo teria doses suficientes da vacina em 2022 para vacinar toda a população adulta global, se os países ocidentais não acumulassem vacinas para usar em seus programas de reforço.
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