A variante ômicron está se espalhando rapidamente pelo mundo - e estudos sugerem que é a mais contagiosa até agora.
No entanto, diferente de outras variantes, que atingiram a população quando as taxas de vacinação eram menores, agora o índice de hospitalizações e de óbitos tem se mostrado menor - e, em alguns casos, sintomas mais leves têm se mostrado semelhantes a resfriado ou gripe.
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Apesar disso, a rapidez com que a ômicron é transmitida continua a sobrecarregar os sistemas de saúde — e ela segue sendo uma ameaça para não vacinados e pacientes de risco. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na semana passada, que a ômicron não deve ser descrita como branda, já que está matando pessoas em todo o mundo.
Mas como posso saber se tenho covid-19 ou outra doença respiratória leve?
Sintomas da ômicron
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Até agora, os cinco sintomas mais comuns são:
- Secreção nasal;
- Dor de cabeça;
- Fadiga (leve ou grave);
- Espirro;
- Dor de garganta.
Fonte: Estudo Zoe Covid, King's College London
Parte destes sintomas mais brandos se devem sobretudo ao grande número de pessoas vacinadas ou com imunidade adquirida.
É muito cedo para saber como a ômicron afetará os não vacinados e as pessoas com um sistema imunológico mais fragilizado.
O epidemiologista do King's College observa que, como muitos dos sintomas relacionados agora à variante ômicron são semelhantes aos do resfriado, isso pode levar as pessoas a "talvez não reconhecerem a infecção como covid".
Ou seja, em regiões onde a ômicron está se espalhando rapidamente, é muito provável que alguém com sintomas de resfriado tenha covid, como está acontecendo em Londres, uma das cidades com maior incidência de ômicron.
Se você suspeitar que está com covid, o mais importante é fazer o teste o quanto antes. Mesmo quem está com sintomas leves ou assintomático pode colocar outras pessoas em risco.
Variantes anteriores do coronavírus apresentavam sintomas como febre, tosse, perda de paladar e de olfato. Mas, segundo Spector, a maioria das pessoas que está reportando novas infecções agora não apresenta estes "sintomas clássicos" de covid.
Alerta para os sintomas
Mesmo que, para alguns, a covid possa parecer "um resfriado forte", com sintomas como dor de cabeça, dor de garganta e secreção nasal, o serviço público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) indica que devemos continuar atentos aos sintomas clássicos da covid:
- Tosse contínua e súbita;
- Febre ou temperatura alta;
- Perda ou alteração no olfato e paladar.
A febre é um sintoma claro de covid?
Uma temperatura a partir de 37,8°C é considerada alta.
A febre pode ocorrer quando o corpo está combatendo uma infecção, não apenas o coronavírus.
É melhor usar um termômetro. Mas se você não tiver um, verifique se está quente ao tocar seu peito ou costas.
É improvável que um resfriado comum cause febre. Por isso, em caso de febre, é recomendável fazer um teste para descartar que você tenha coronavírus.
Como devemos encarar a tosse?
Se você estiver gripado ou resfriado, provavelmente terá tosse e outros sintomas.
A gripe costuma aparecer de repente, e os pacientes muitas vezes sentem dores musculares, calafrios, dores de cabeça, cansaço, dor de garganta, secreção ou congestão nasal, junto com tosse. Parece pior do que um resfriado forte.
Já os resfriados tendem a se desenvolver mais gradualmente e são menos graves, embora nos façam sentir mal.
Junto com a tosse, pode haver espirros, dor de garganta e secreção nasal. Sintomas como febre, calafrios, dores de cabeça e musculares são pouco frequentes.
A tosse decorrente do coronavírus implica em tossir muito por mais de uma hora, ou ter três ou mais ataques ou "episódios" de tosse em 24 horas.
Se você desenvolver uma tosse nova e contínua, deve fazer o teste de covid.
O que significa perder o paladar ou olfato?
Estes são os principais sintomas do coronavírus e significam que você deve fazer o teste.
Você ainda pode ter um simples resfriado. Mas é importante checar, mesmo que não esteja se sentindo mal, para evitar o risco de espalhar o vírus.
Se eu espirrar, significa que tenho coronavírus?
Espirrar não é um sintoma clássico de coronavírus e, a menos que você também tenha febre, tosse ou perda de olfato e paladar, não deve ser um problema.
De toda forma, um espirro pode transmitir infecções, então tente usar um lenço de papel e lavar as mãos ao espirrar.
E se meu nariz estiver escorrendo ou entupido?
Não é um dos principais sintomas do coronavírus, mas várias pesquisas sugerem que pessoas que testaram positivo apresentaram estes sintomas.
As diretrizes sanitárias dos Estados Unidos, por exemplo, incluem todos estes sintomas como possíveis em caso de infecção por coronavírus:
- Febre ou calafrios;
- Tosse;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
- Fadiga;
- Dores musculares ou no corpo;
- Dor de cabeça;
- Perda de olfato ou paladar;
- Dor de garganta;
- Secreção ou congestão nasal;
- Náusea ou vômito;
- Diarreia.
Os dados da África do Sul indicam que algumas pessoas relataram problemas digestivos como um possível sintoma de ômicron.
Mas no Reino Unido, Tim Spector observou que a infecção pela ômicron parece permanecer semelhante às variantes anteriores — ou seja, sobretudo uma infecção respiratória.
Casos graves
Dados preliminares e estudos sobre a ômicron sugerem que esta variante tem se mostrado menos severa que as anteriores. Isso se deve em parte às mutações do vírus, mas acima de tudo à proteção das vacinas e da imunidade natural.
No entanto, a velocidade sem precedentes com que a ômicron é transmitida continua sendo um desafio — e muita gente, sobretudo pacientes com certas doenças prévias, continuam correndo risco.
As pessoas infectadas com coronavírus podem apresentar uma ampla variedade de sintomas, que variam de leves a graves. Algumas ficarão assintomáticas, mas ainda assim podem ser infecciosas.
Os sintomas podem aparecer até duas semanas após a exposição ao vírus, mas geralmente isso acontece por volta do quinto dia. Leia aqui sobre quando uma pessoa com ômicron deixa de ser contagiosa, com ou sem sintomas.
Dificuldades respiratórias podem ser um sinal de uma infecção mais grave.
*Esta reportagem foi publicada originalmente em 16 de dezembro de 2021. Mas, à medida que as informações epidemiológicas sobre a ômicron evoluíram, o texto foi atualizado.
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