Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falando, supostamente sob efeito de bebida alcoólica, que está livre para ajudar a libertar o Brasil. As publicações, visualizadas mais de 32 mil vezes desde 9 de março, sugerem que a mensagem foi publicada no Instagram do petista após a decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular suas condenações no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, a gravação teve sua velocidade reduzida para dar a impressão de fala embriagada. Além disso, o vídeo foi postado originalmente em novembro de 2019, quando Lula deixou a prisão em Curitiba.
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Não é o governador do Maranhão, Flávio Dino, o homem agredido em vídeo viralizadoDecisão de Fachin sobre condenações de Lula não “inocentou” o ex-presidente Checamos quantos litros de gasolina foi possível comprar com o salário mínimo desde 2001O vídeo também circulou em uma outra versão, acompanhado por informações de contexto e opiniões.
Essa condenação foi anulada na última segunda-feira, 8 de março, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, que considerou que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.
Comparando o vídeo original ao viralizado, é possível notar que este último teve sua velocidade reduzida para arrastar a voz do ex-presidente e dar a impressão de que ele estava alcoolizado, como sugerem os textos que acompanham as publicações. Isso é confirmado pelo tempo de duração da gravação original e da versão editada: a primeira tem 49 segundos de duração, enquanto a segunda é mais longa, com 1 minuto e 15 segundos.
Na mensagem gravada e dirigida a seus seguidores, Lula avisa que está “livre para ajudar a libertar o Brasil dessa loucura que está acontecendo” e menciona sua idade na época, que era de 74 anos. Atualmente, o ex-presidente tem 75 anos, completados em 27 de outubro de 2020.
Um dia após o início dos compartilhamentos do vídeo adulterado, a deputada federal Joice Hasselmann, do Partido Social Liberal (PSL), publicou um tuíte sobre ter difundido a desinformação, mas disse ter apagado a gravação após “o primeiro questionamento de que havia uma edição para deixar o vídeo em ‘slow motion’”.
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