Usuários alegam que por conta da 'esquerda desgraçada' uma jogadora da seleção brasileira de futebol foi impedida de usar uma bandeira do país após ganhar a Copa América Feminina, em 30 de julho passado.
'Absurdo, jogadora não pode usar bandeira do brasil, não pode comemorar. ê esquerda desgraçada, esquerda nojenta!', diz a narração do vídeo que circula no Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e TikTok.
Mas apesar de as publicações chamarem a cena de absurda e insinuarem uma suposta relação com a esquerda, a proibição é descrita no regulamento oficial da competição, feito pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
O artigo 107, que dispõe sobre a cerimônia de premiação e entrega de troféus e medalhas, destaca:
'É obrigatório o uso do uniforme oficial da delegação na cerimônia de premiação. Não será permitida a entrada de atletas na cerimônia com o torso nu, com roupas que façam qualquer alusão comercial, portando bandeiras com alguma inscrição ou com as bandeiras de seus países'.
Após a premiação, já com a medalha, Queiroz retuitou em sua conta uma foto envolta com a bandeira brasileira. No dia seguinte, uma publicação da conta oficial da Copa América também mostrou a jogadora com a bandeira enquanto beijava o troféu do torneio.
A Conmebol enviou à AFP um posicionamento no mesmo sentido: 'Na imagem de referência, se vê como um dos nossos delegados do jogo gentilmente pediu à jogadora a bandeira que ela carregava, que foi devolvida a ela após a cerimônia de premiação'.
A Confederação também afirmou que seus protocolos de premiação são similares para todos os torneios representados por ela.
Nas imagens a seguir, pode-se observar que os jogadores das seleções campeãs da Copa América Feminina, Brasil, e da masculina, Argentina em 2021, não carregam bandeiras dos seus países ao receberem o troféu na cerimônia de premiação.