A mulher vista em fotos ao lado do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é Suzane von Richthofen, condenada pelo homicídio dos pais em 2002, como dizem publicações compartilhadas mais de cem vezes desde o último dia 25 de agosto. Na verdade, as imagens mostram um encontro do ex-presidente com a jornalista Patrícia Lélis, em 2017. Uma das fotos, em que os dois estão virados para frente, foi manipulada substituindo o rosto de Lélis pelo de Von Richthofen.
'A imagem do abraço de e beijo em Suzane Von Richtofen diz tudo... O nível de perversidade é inacreditável. Cade a indignação?', diz uma das publicações compartilhadas no Facebook e no Twitter.
Leia Mais
Não há lei ou projeto de lei que proíba o uso da Bíblia no BrasilSuposta matéria dizendo que Lula vai investir em usina nuclear é montagemLula não teve lapso de memória, finalizou resposta quando seu tempo esgotouÉ falso que Bolsonaro teve pico de 84 pontos de audiência no JN
No entanto, uma busca reversa feita pela imagem viralizada levou a uma notícia publicada em 11 de outubro de 2017 sobre um encontro de Lula com a jornalista Patrícia Lélis, que já foi apoiadora de pautas conservadoras.
Leia: Vídeo explica como são feitas pesquisas eleitorais
Em 2016, Lélis denunciou o pastor Marco Feliciano por assédio sexual e migrou para o campo progressista, declarando-se feminista e apoiando políticos do PT. O caso envolvendo Lélis e Feliciano foi arquivado em 2018.
Leia: Saiba quem são os candidatos ao Planalto
O conjunto de fotos viralizado, que mostra Lélis com Lula, também foi publicado pela jornalista em 9 de outubro de 2017 em seu perfil no Facebook.
Lélis também se pronunciou em sua conta no Twitter sobre a alegação, publicando as imagens virais ao lado de uma de suas fotos de 2017. Na comparação é possível ver que houve uma montagem com o rosto de Von Richthofen na imagem em que Lula e a jornalista aparecem de frente:
Leia: Eleições 2022: o que muda com a nova urna eletrônica?
— Patrícia Lélis (@lelispatricia) August 25, 2022
O AFP Checamos já verificou outras desinformações que vinculavam Suzane von Richthofen a Lula, ao PT e a ativistas de direitos humanos (1, 2, 3).