O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá concorrer às eleições de 2022, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferir a sua candidatura.
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Datafolha: pesquisadores não podem entrevistar pessoas que se voluntariamPT votou contra a PEC dos Precatórios, e não contra o Auxílio Brasil Mesário não tem como anular votos e alterar a assinatura do eleitor é crimeLula não afirmou que acabaria com o Pix Áudio em que Bolsonaro parece xingar a primeira-dama antes do desfile de 7 de setembro é falsoA gravação, contudo, é de 2018, quando o petista realmente não pôde concorrer devido à Lei da Ficha Limpa.
'URGENTE: TSE NEGA REGISTRO DE CANDIDATURA À LULA', afirma uma das publicações que circulam no YouTube, Facebook e Kwai (1, 2, 3). A gravação também foi enviada ao WhatsApp do AFP Checamos para verificação.
No vídeo, a jornalista Renata Lo Prete, da TV Globo, aparece fazendo o anúncio do indeferimento da candidatura de Lula durante um plantão do Jornal da Globo.
Uma busca reversa pelas imagens mostrou, contudo, que o programa em questão foi ao ar em 31 de agosto de 2018.
Na ocasião, o ex-mandatário teve o registro negado para disputar as eleições à Presidência da República, por 6 votos a 1, durante uma plenária do TSE. A decisão seguiu o entendimento do relator do pedido na Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, que declarou a inelegibilidade de Lula com base na Lei da Ficha Limpa.
Os ministros acolheram uma contestação do Ministério Público, que apontou a inelegibilidade de Lula a partir da Lei Complementar 135/2010, que prevê a proibição de candidaturas de políticos condenados em órgãos colegiados da Justiça.
Em 2017, a 13ª Vara Federal de Curitiba declarou Lula culpado por receber uma cobertura tríplex na cidade de Guarujá, em São Paulo, como propina da construtora OAS.
Em janeiro de 2018, veio a condenação em segunda instância, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumentou a pena do ex-mandatário para 12 anos e 1 mês de prisão. Em abril de 2019, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação, mas reduziu a pena para 8 anos e 10 meses de reclusão.
Ainda em 2019, Lula foi novamente condenado pela 13ª vara de Curitiba, dessa vez a 12 anos e 11 meses, acusado de receber propinas das construtoras OAS e Odebrecht por meio de reformas de um sítio em Atibaia (SP), em troca de contratos com estatais.
A condenação foi confirmada em segunda instância pelo TRF-4, que aumentou a pena para 17 anos e 1 mês de prisão, além do pagamento de multa.
Lula ficou preso de 7 de abril de 2018 a 8 de novembro de 2019 em Curitiba, quando saiu uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que passou a considerar inconstitucional a prisão até que esgotem todos os recursos legais disponíveis.
Em março de 2021, todas as condenações contra ele foram anuladas por questões processuais, e ele recuperou o direito a se apresentar como candidato.
Nas eleições gerais de 2022, ao contrário do que é divulgado nas publicações, o TSE aprovou por unanimidade o registro da candidatura de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), seu vice-presidente na chapa, no último dia 8 de setembro.
Na sessão, o ministro relator do processo, Carlos Horbach, julgou improcedentes as impugnações propostas contra a atual candidatura do ex-presidente.
Conteúdo semelhante já foi verificado anteriormente pelo AFP Checamos.