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Estado de Minas CHECAMOS

Marcola recebeu alvará por crime não julgado, mas continua preso por outras condenações

Em setembro de 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) revogou a prisão preventiva de Marcola, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Desde então, publicações com centenas de compartilhamentos nas redes sociais alegam que o chefe da facção criminosa será solto. No entanto, o habeas corpus concedido ao réu anulou a prisão por um crime que ainda não foi julgado. O Ministério Público de São Paulo informou ao Checamos que Marcola continua preso por outras condenações que, juntas, somam mais de 340 anos.


06/10/2023 16:07 - atualizado 09/10/2023 11:25
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Em setembro de 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) revogou a prisão preventiva de Marcola, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Desde então, publicações com centenas de compartilhamentos nas redes sociais alegam que o chefe da facção criminosa será solto. No entanto, o habeas corpus concedido ao réu anulou a prisão por um crime que ainda não foi julgado. O Ministério Público de São Paulo informou ao Checamos que Marcola continua preso por outras condenações que, juntas, somam mais de 340 anos.

'Esse camarada aqui pegou 16, 17 anos de prisão e vai pra rua. Líder máximo do PCC tem prisão revogada pelo TJ de São Paulo', afirma um usuário em um vídeo no TikTok.

Publicações sobre a suposta soltura de Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, também circulam no Facebook. no Instagram e no X (antes Twitter).

As postagens começaram a circular depois que o portal UOL noticiou, em 2 de outubro, que o homem apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) recebeu um alvará de soltura, após 16 anos em prisão preventiva por envolvimento no homicídio e na tentativa de homicídio de dois policiais militares.

Captura de tela feita em 6 de outubro de 2023 de uma publicação no TikTok
Captura de tela feita em 6 de outubro de 2023 de uma publicação no TikTok

No entanto, a justiça não concedeu liberdade a Marcola.

O caso

Em 2006, Marcola foi acusado pelo Ministério Público de ordenar a morte de dois policiais militares em Jundiaí, São Paulo. Contudo, o caso não foi a julgamento até o momento, razão pela qual o réu estava em prisão preventiva desde então.

No último 29 de setembro, a 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu habeas corpus a Marcola, com o entendimento de que a manutenção da prisão preventiva nesse caso configura constrangimento ilegal.

Mas apenas a prisão por esse caso foi revogada e Marcola já foi condenado a 342 anos de prisão por outros crimes.

O Ministério Público de São Paulo explicou ao AFP Checamos que por esse motivo não seria possível soltá-lo.

'Na verdade, foi só revogada uma prisão preventiva de um processo que não foi julgado ainda, que sequer houve condenação, ele pode ainda ser condenado. Não vai ter nenhum reflexo, não será solto por conta disso, justamente porque ele possui outras condenações para cumprir', comunicou em nota encaminhada no dia 6 de outubro de 2023.

A AFP já verificou outra desinformação atrelada a Marcola anteriormente.

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