Varre-Sai entrou para a rota do comércio de meteoritos na noite de 19 de junho, quando o agricultor Germano da Silva Oliveira, de 62 anos, viu um rastro vermelho no céu e uma explosão. No dia seguinte, ele caminhou até um campo de plantação de mandioca e encontrou uma pedra acinzentada, com 600 gramas e 12 centímetros. Levou para professores de uma escola municipal. Deu sorte. A professora Filomena Ridolphi, cadastrada na Olimpíada Brasileira de Astronomia, reconheceu a relevância do material.
O físico Marcelo de Oliveira Souza, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense e coordenador do Clube de Astronomia Louis Cruls, explica que há poucos registros de quedas de meteoro. "O resgate é mais raro ainda. Os relatos de Oliveira são importantíssimos para entendermos a trajetória, como chegou à atmosfera. Cada meteorito pode trazer informações novas sobre a formação do Sistema Solar. Ficou milhões de anos vagando pelo universo", afirma. Estima-se que haja um pedaço gigante, de cerca de 20 quilos. O último registro de meteoro a cair no Rio com posterior resgate é de 1869.