Jornal Estado de Minas

Pai e tio confessam abuso a criança em São Carlos-SP

Agência Estado
O coletor de lixo Jorge de Lima Santos, de 32 anos, e seu irmão, o auxiliar de serviços gerais Joaquim de Lima Santos, de 24, foram presos temporariamente, por cinco dias, na noite de terça-feira, em São Carlos (SP). Eles respondem processo por estupro de vulnerável dos quatro filhos de Jorge, que têm 8, 9, 10 e 11 anos. Os irmãos confessaram que abusaram sexualmente da criança - só a de 10 anos - pelo menos desde de junho do ano passado. A denúncia foi feita por uma tia das crianças, de Francisco Morato. Em dezembro, ao notar hematomas nas duas crianças mais velhas, em banhos, ouviu a verdade sobre o que tinha ocorrido. As crianças estavam de férias, na casa da tia. A delegada Denise Gobbi Szakal, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), disse que ainda investiga outro tio das crianças, A.L.S., de 37 anos, que está internado após sofrer acidente domiciliar. Ele ainda será ouvido. A pena por estupro de vulnerável prevê pena entre 8 e 15 anos de prisão. A delegada, que pedirá a prisão preventiva dos irmãos Santos, informou que ainda vai investigar se outros adultos teriam abusado das crianças e se os irmãos Santos violentaram outras crianças do bairro Antenor Garcia, onde moram, na periferia da cidade. Joaquim mora na casa dos fundos de Jorge. A mãe das crianças não sabia dos abusos e ficou abalada. As crianças foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar ao Projeto Sentinela, da prefeitura, que vai cuidar do tratamento psicológico delas. A denúncia de suspeita de abuso sexual registrada pela tia, na DDM de Francisco Morato, chegou à DDM de São Carlos na segunda-feira, 14. Pela gravidade, a delegada iniciou a investigação e levou os suspeitos, a mãe e as crianças para depor. As crianças confirmaram os abusos do pai e do tio. Jorge e Joaquim confessaram friamente os abusos. Joaquim disse que praticou os abusos porque também foi abusado pelo pai quando era criança. Jorge disse que praticou os abusos após cheirar cocaína. Eles alegaram que um não sabia da ação do outro. "Eles dizem que não, mas acho que sabiam", disse a delegada. A violência contra as crianças era praticada na ausência da mãe, que trabalha. Os irmãos estão presos na Cadeia de São Carlos.