Rosa Calixto e o preso Fabiano Basílio foram denunciados também por tortura. De acordo com a denúncia, eles teriam agredido um detento que desconfiavam ter denunciado o esquema ao MP-RJ. Calixto responderá ainda por abuso de autoridade, por ter mantido na carceragem um preso que obteve alvará de soltura.
Segundo o MP-RJ, os policiais cobravam R$ 3 mil para dar aos presos uma série de privilégios, como almoçar fora da cadeia. Além disso, exigiam pagamentos de R$ 200 a R$ 250 por semana para permitir que eles ficassem em celas melhores, com aparelhos de DVD e videogame.
Entre os presos que supostamente integravam o esquema, Fernando Braga Maria e Celson Mota da Silva atuavam como líderes, de acordo com o MP. Eles exploravam uma cantina dentro da Carceragem, vendiam lanches aos presos e impediam a entrega, por parentes, de produtos que pudessem concorrer com os da cantina. Braga influenciaria também nas mudanças de celas, vendia cigarros e realizava trabalhos administrativos, como levar outros detentos para audiências no fórum.
Segundo a investigação do Gaeco, os denunciados mantinham contato com garotas de programa, que participavam de festas na Polinter nos finais de semana. Os integrantes da quadrilha faziam a intermediação dos pagamentos em troca de encontros com prostitutas, visitas íntimas, consulta processual, visitas fora do horário permitido, banhos de sol e lua, uso de antenas de televisão, telefonemas e venda de artigos de papelaria, de limpeza, de quentinhas e de cigarros.