O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro recebeu e aceitou nesta sexta-feira (18/2), as quatro denúncias do Ministério Público referentes à Operação Guilhotina, comandada pela Polícia Federal. As denúncias apontam que 45 pessoas, a grande maioria policiais civis e militares, foram investigadas pela prática de crimes de quadrilha armada, peculato, corrupção passiva, comercio ilegal de arma de fogo, extorsão qualificada, entre outros delitos.
De acordo com as denúncias, interceptações telefônicas e quebra do sigilo bancário comprovaram a participação de cada um dos indiciados nos crimes. O Ministério Público apontou a existência de quatro grupos formados por policiais civis e militares que agiam de forma independente em diferentes locais do Rio.
“Dois deles voltados à prática conhecida como ‘espólio de guerra’, consistente na subtração de bens apreendidos em incursões policiais e posterior fornecimento de armas e munições a traficantes de drogas; um terceiro grupo em exercício de atividade conhecida como ‘milícia’, juntamente com a do mencionado ‘espólio de guerra’; e um último conjunto de elementos adeptos à prática de ‘segurança privada’ de atividades criminosas”, cita o inquérito.
De acordo com o MP, os policiais trabalhavam em delegacias ou em posições estratégicas da Segurança Pública e formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente e se apropriavam de bens e pertences apreendidos em diligências e operações.
Prisões
A Operação Guilhotina, deflagrada na última sexta-feira (12/2) pela Polícia Federal, prendeu 38 pessoas, sendo que 30 são policiais militares ou civis, além do ex-subchefe operacional da Polícia Civil, o delegado Carlos Oliveira. Eles são acusados de oferecer proteção a traficantes e vender armas e drogas a bandidos no Rio de Janeiro.