Ele prevê que a volta do tipo 1 deverá produzir um número grande de pacientes: “Isso deverá sobrecarregar a rede de saúde, o que obriga a se investir na capacitação dos profissionais de saúde para diagnosticar e fazer o tratamento correto”. Segundo ele, embora haja expectativa de que o tipo 1 seja menos grave que os tipos 2 e 3, que provocaram recentes epidemias no Brasil, poderá haver algum tipo de mutação no vírus que o torne mais agressivo.
Para o capitão do Corpo de Bombeiros Daniel Barcellos, coordenador nas escolas e nas comunidades do programa Rio Contra a Dengue, uma das chaves no combate ao mosquito é a sensibilização de crianças e adolescentes, que levam as informações para dentro de casa. “É importante agir preventivamente. Passamos para as crianças quais são os cuidados e como se combate o mosquito. O principal objetivo é formar multiplicadores, que possam levar essas informações aos vizinhos e parentes.”
O comerciante Moisés Freitas era uma das dezenas de pessoas que estavam no evento, com direito a tendas educativas e show de grupos musicais. Vítima de dengue no ano passado, ele trouxe os dois filhos para aprenderem como evitar a doença. “Já tive dengue e não desejo isso para ninguém. Agora, procuro organizar sempre o meu quintal, para evitar o acúmulo de água. Mas não adianta uma pessoa fazer e duas não fazerem. É preciso que os vizinhos também façam a parte deles.”
Segundo a Secretaria de Saúde, depois do carnaval será feito um levantamento detalhado da infestação do mosquito da dengue no Complexo do Alemão. Um quinto das residências será analisado em busca de possíveis focos de larvas do Aedes aegypti. Em todo o estado do Rio, nas primeiras oito semanas deste ano, já foram notificados 9.311 casos da doença.