De acordo com o físico, a estimativa da necessidade de energia para os próximos anos está baseada na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Ele ponderou, no entanto, que nos países como os Estados Unidos, a economia se expandiu a um ritmo muito maior do que a demanda por eletricidade. O planejamento energético brasileiro deveria, na opinião de Goldemberg, dar prioridade ao uso mais eficiente da eletricidade.
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Usinas nucleares deverão ser construídas no NordesteLula inaugura em SP oito usinas térmicas movidas a bagaço de canaPrefeitura de Angra pede desligamento de usinasSegurança das próximas usinas nucleares do Brasil deverá ser ampliada, diz presidente da EletrobrasO engenheiro Leonam dos Santos Guimarães, da Eletrobras Eletronuclear, tem uma visão oposta. Para ele, a expansão do parque nuclear é necessária para complementar a matriz brasileira. “Não existe uma opção, ou conjunto limitado de opções que seja capaz de resolver ou atender as necessidades ”.
Guimarães não acha que os acidentes ocorridos no Japão sejam motivo suficiente para que o Brasil mude os planos de construção de novas usinas. Segundo o especialista, os benefícios da geração nuclear são maiores do que os riscos. “O problema é a sociedade entender quais são esses riscos e quais ela aceita, porque esses riscos não são grandes”, afirmou.
O engenheiro também descartou a possibilidade de que a adoção de novos procedimentos após os de Fukushima, no Japão, aumente significativamente os custos da eletricidade gerada por esse tipo de usina. “A ferramenta fundamental para aumentar a segurança é aumentar a confiabilidade dos equipamentos, procedimentos e pessoas. Essa mesma confiabilidade aumenta a produtividade”, afirmou.