A primeira exposição da série (focada nos anos de 1964 até 1968 e chamada de Entreatos) tratou da constituição do museu no início da ditadura militar. Esta segunda exposição, com curadoria de Ana Magalhães, Cristina Freire e Helouise Costa, aborda o período entre 1969 e 1974, tratando do recrudescimento do regime militar. Nessa época, o museu se consolidou como um espaço democrático de repercussão internacional principalmente por ser um dos maiores polos de recepção e produção de arte contemporânea do hemisfério sul.
Cristina Freire disse que as obras que estão em exposição não são necessariamente políticas. “Temos (em exposição) o que se estava fazendo de arte no Brasil (naquele período) e essas obras não necessariamente têm conteúdo político explícito. Temos o que os artistas estavam trabalhando no Brasil e que foi, de alguma maneira, incorporado ou entrou no acervo do museu e ficou como narrativa dessa história do ponto de vista artístico”, afirmou.
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“Tomamos essa carta como contexto e que dá um pouco de sentido para o que os artistas estavam fazendo. Nesse caso, a carta tem uma conotação - assim como a obra – eminentemente política e usamos isso como ponto de partida para essa segunda exposição da série”, disse a curadora.
Também estão sendo expostas obras de Julio Plaza, Regina Silveira, Claudio Tozzi e Artur Barrio, entre outros.
A exposição está aberta até o dia 31 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, no MAC Ibirapuera, com entrada franca. O MAC está localizado no Parque do Ibirapuera, no Pavilhão Cicillo Matarazzo, no prédio da Bienal.