Angra-RJ é palco de atos pró e contra usinas nucleares
O grupo do "sim" era menor, cerca de 25 pessoas ao todo. "Nossa intenção não é o embate, mas o contraponto. Eles (os ambientalistas) estão tirando proveito da tragédia no Japão", disse o técnico de edificações Donato Borges, de 51 anos, que trabalha há 34 na Central Nuclear de Angra. Ele disse que o objetivo era mostrar a importância da construção da terceira usina na geração de empregos. "Sem as obras, serão 3 mil pessoas na rua em Angra".
Para Ribeiro, o ato dos funcionários foi "uma provocação apelativa". "São pessoas ligadas ao PT que estão penduradas na Eletronuclear e fazem esse papelão". Um defensor da energia nuclear ressaltou que Angra é bem mais moderna do que a usina japonesa de Daiichi, que registrou vazamentos após o terremoto que atingiu o país na semana passada. "Estamos aqui para mostrar as diferenças entre as usinas", disse o funcionário da Odebrecht Marcelo Vidal, de 39, que trabalha há 15 anos em Angra 2.
Alexandre Silva, do Comitê de Defesa da Ilha Grande, alertou para a eventual dificuldade de remoção de moradores da ilha em caso de emergência na central nuclear. Segundo ele, hoje esses moradores não são considerados nos planos de prevenção.