Uma série de quatro explosões consecutivas causou tumulto e assustou os funcionários da Central de Distribuição dos Correios de Recife, na Avenida General San Martin, no bairro do Bongi, nessa quinta-feira. A brigada de incêndio logo entrou em ação e, por sorte, ninguém ficou ferido. O esquadrão antibombas e a perícia criminal da Polícia Federal (PF) estiveram no local e praticamente descartaram a possibilidade de as explosões terem sido causadas por uma bomba que chegou por correspondência. Somente o laudo da perícia poderá dizer exatamente o que ocasionou o incidente, mas a hipótese mais provável é a de que as quatro caixas que entraram em combustão estavam transportando produtos cosméticos com elementos inflamáveis, como por exemplo materias à base de petróleo.
Eles teriam explodido após uma soma de fatores como atrito, impacto e alta temperatura. As caixas haviam sido jogadas por um funcionário em uma máquina chamada de unistisador, responsável por separar os destinatários, quando foram ouvidas as explosões. O fato, inclusive, trouxe um alerta para o perigo que as pessoas passam em relação a materiais inflamáveis manuseados e comprados no cotidiano, como acetona ou soda cáustica. Alguns produtos químicos também podem causar acidentes, mas o perigo, quase sempre, passa de maneira despercebida.
Nas caixas explodidas nos Correios, não havia o alerta de frágil. Além das correspondências que causaram a combustão, entre oito e dez outras caixas também foram queimadas. Os funcionários controlaram o incêndio de pequenas proporções com os extintores do local. O incidente dentro do galpão chegou a provocar um princípio de correria e pânico por causa do impacto das explosões, somadas ao estrondo do barulho e à grande quantidade de fumaça. Ainda não se sabe de onde veio e para onde a encomenda seguiria, nem os nomes do destinatário ou do remetente. Os Correios deverão passar maiores detalhes à PF o mais rápido possível para que a perícia possa identificar com mais agilidade o material que explodiu.
Combustão
A perícia preliminar apontou que as caixas, de aproximadamente 90 cm2, continham livros e pequenas latas cujo o conteúdo ainda são desconhecidos. ´Não podemos afirmar o exato motivo nesse momento, mas temos hipóteses. Acreditamos que, no manuseio das caixas, algum material inflamável, através da temperatura ou do atrito, tenha entrado em combustão e, em seguida, vieram as pequenas explosões. Mas só a perícia poderá dizer o que exatamente provocou o acidente`, disse o chefe de Comunicação Social da Polícia Federal, Giovani Santoro. Um inquérito foi aberto.