Wellington escreveu que "nenhum fornicador ou adúltero poderá ter contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue". Para Stacanelli, a "sexualidade do casto" do atirador indica que ele provavelmente era homossexual. "Ele via seu corpo como algo inviolável", diz o especialista.
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Mundo à parte
O texto da carta mostra que Wellington lia muito. O 2º parágrafo começa com a frase "u deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa", frase que muitos brasileiros escreveriam errado - usando "que" em vez de "da qual". Para Stacanelli, Wellington vivia num mundo à parte. Testemunhos dão conta que ele não tinha muitos amigos e passava muito tempo lendo.
Recomendações
O psicólogo recomenda atenção aos pais e responsáveis por crianças em relação a episódios de abuso e violência psicológica. "Todos tivemos na infância um episódio de vergonha ou solidão", afirma. "É importante que os pais e responsáveis possam sentar com a criança e manter um canal aberto para elas expressarem suas preocupações".